“Tradição do Anglo deve ser motor para a inovação”, afirma vice-presidente da SOMOS Educação

Em convenção realizada na semana passada, Sistema de Ensino fortalece o compromisso de transformar o país através da educação

As tecnologias digitais têm causado uma mudança profunda nos modelos de relacionamento, de negócios e no mercado de trabalho e, por isso, é muito provável que jovens de hoje, no futuro próximo, exerçam profissões que ainda sequer existem. Essa alteração tem impacto profundo no sistema educacional e foi o cerne da Convenção Anglo 2017, realizada de 28 a 30 de maio em Atibaia, São Paulo.

Sob o lema “Novos Olhares. Novos Líderes”, o encontro dialogou sobre a necessidade de pensar a educação nesses novos tempos. “Estamos no meio de uma revolução digital. Em 2020, toda a informação do mundo irá dobrar a cada 73 dias e essa evolução impacta o que estamos fazendo em sala de aula. Os jovens devem estar preparados para enfrentar a nova realidade. Precisamos ter os protagonistas dessa revolução digital através de um movimento em conjunto. Só será possível transformar o país se estivermos bem informados e estamos confiantes do nosso potencial para percorrer esse caminho com vocês”, disse Fernando Shayer, vice-presidente da SOMOS Educação, para quase mil mantenedores e gestores pedagógicos de todo o Brasil.

Durante três dias de evento, grandes nomes da educação defenderam um ensino aliado aos novos tempos, que priorize a trajetória individualizada de aprendizagem como forma a manter a força do relacionamento entre aluno e professor. Para isso acontecer, foi destacada a importância do fortalecimento da rede de escolas.

“O material do Anglo precisa ser construído de fora para dentro e corroborado pela demanda dos alunos. Por isso é necessário o engajamento dos professores no Plurall, nos Webinários e nas demais plataformas que o Anglo está disponibilizando online. Estamos construindo juntos esse novo caminho e vamos apoiar o professor nessa mudança”, diz Irina Bullara, diretora geral do Sistema Anglo de Ensino.

Para o presidente da SOMOS Educação Eduardo Mufarej, essa etapa marca uma nova fase para o Anglo e para a Educação. “Existimos para formar indivíduos que nos orgulham. Os 67 anos de Anglo nos dão uma presença e uma marca forte, mas não deve impedir que a gente invista em inovação. Nosso papel é investir em inovação para que as escolas se atualizem e para manter a força do relacionamento entre professor e aluno. Para se ter uma ideia, a SOMOS aumentou em 140% a taxa de investimento em informação digital”, afirma Mufarej.

Inovação distingue líder de seguidor

Inovar sem perder o DNA e fazer da tradição um motor que impulsione a inovação é a tarefa do Sistema Anglo de Ensino. As novas plataformas educacionais online e o fortalecimento da rede, aliados ao histórico de responsabilidade social e de investimento em infraestrutura, revelam o compromisso do Sistema com a expansão da educação moldada aos novos tempos.

“Em 2020, serão 7 bilhões de smartphones no mundo. Hoje, o Google realiza 4 trilhões de buscas por ano. Devido a tantas transformações, não é possível prever o futuro, mas podemos preparar nossos alunos para saber lidar com mudanças e se adaptar aos novos tempos”, afirma Guilherme Luz, vice-presidente de conteúdo da Somos Educação. Ele ainda enfatiza: “O Anglo sempre foi referência de ensino e é nossa obrigação puxar essa mudança educacional no Brasil.”

Questão nacional

O desafio de construir um modelo educacional para os novos tempos se esbarra nas fragilidades históricas do sistema de educação pública brasileiro. Para contextualizar as mudanças propostas pelos órgãos públicos – como a reforma do Ensino Médio e a criação da Base Nacional Curricular Comum – e expor os desafios nacionais, dois grandes nomes da educação subiram ao palco da convenção.

Sobre a reforma do Ensino Médio, Cláudia Costin, diretora global de educação do Banco Mundial e professora visitante de Harvard, foi categórica: “Os últimos resultados do Pisa mostraram o Brasil nas últimas colocações em quase todas as competências. Isso deixou claro que não se ensinam nas escolas como utilizar a teoria na solução de problemas práticos. Ou seja, nós não ensinamos a pensar”, diz a educadora, defendendo a urgência de reformar o Ensino Médio.

Já Marcos Magalhães, presidente do Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), ressaltou a importância do ensino integral e criticou o excesso de matérias lecionadas em tão pouco tempo. “O tempo integral deve ser visto como consequência e não como ponto de partida, que, na verdade, deve ser a proposta de desenvolvimento do aluno. Como esse aluno deve sair da escola após anos de aprendizado? A partir desses questionamentos, formula-se um currículo com matérias específicas na grade e só então se consolida as horas do ensino integral. Se não for assim, a escola corre o risco de se tornar um depósito de crianças”, finaliza.

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