Venda de alimentos dentro da escola incentiva valores éticos

Mercado sem vendedor incentiva alunos a tomarem atitudes responsáveis

Os alunos do Colégio Duílio Poli, de Jaboticabal (SP), participaram de uma iniciativa diferente com o intuito de arrecadar fundos para a formatura: a venda de alimentos na qual ninguém vigia o dinheiro arrecadado no ato da transação.

O projeto foi inspirado na ideia de um agricultor que tinha um pequeno comércio no sul de Minas Gerais e, como não possuía condições de permanecer no local para fazer as transações, pedia que apenas deixassem o dinheiro no local, acreditando na conduta correta de seus clientes. O caso ganhou repercussão nacional.

Mônica de Oliveira, diretora do colégio, assistiu à reportagem e se inspirou: “O agricultor até deixava uma placa explicando o não estar no local: precisava trabalhar para produzir os alimentos e, por isso, confiou na honestidade dos outros. Quando vi isso, pensei que seria uma ótima ideia para aplicar de alguma forma com os alunos”, diz a diretora.

O projeto começou em 2017 e funciona de maneira bem simples: os alunos instalam uma banca com as mercadorias e deixam uma caixinha com moedas. Os demais estudantes chegam, escolhem o que interessa entre brigadeiro, pipoca, geladinho, gelatina e bolo, todos produzidos pelos alunos, e deixam o dinheiro do pagamento em uma caixa. Se for necessário, pegam o troco.

O “Projeto de Ética” tem o intuito de compartilhar bons valores pela escola. “A reportagem sobre o agricultor contagiou pessoas e serviu para inspirar toda a equipe do Colégio Duílio Poli a passar os mesmos valores de forma mais concreta”, acrescenta a diretora.

Como a escola não possui uma cantina, os alunos que não levam lanche de casa recorrem à venda do 9º ano, sempre deixando o valor respectivo da compra. O projeto deu tão certo que será implementado para as turmas de 2018.

“A educação de base pode promover mudanças na sociedade. Cuidar do ser humano de maneira integral é, na nossa visão, a melhor ferramenta para transformar o mundo”, finaliza Mônica.

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