Palestras promovem o combate ao bullying entre alunos

Colégio Sólido, de Montes Claros, realizou atividades durante um mês

Saber identificar o bullying nas escolas é fundamental para combatê-lo. Por isso o Colégio Sólido, de Montes Claros, Minas Gerais, desenvolveu uma campanha de conscientização junto aos estudantes dos ensinos Fundamental e Médio.

“O bullying está aí desde antes de nascemos, mas as coisas têm tomado proporções muito sérias, não só em uma escola, mas em nível nacional. A pré-adolescência é a idade de maior risco devido as pressões sociais, de sexualidade, padrões de beleza, condições financeiras, comparações em geral. O jovem se vê imerso em tudo isso e, às vezes, não tem condições de entender sozinho a sua posição no mundo” diz a psicóloga Fabiana Braga, coordenadora do projeto no Colégio Sólido.

Além de rodas de conversa com psicólogos convidados, a instituição espalhou cartazes com frases de efeito e espelhos em formato de smartphone, onde o estudante, ao se ver, se deparava com frases comuns de bullying, acrescidos da frase: “E se fosse com você?”. A relevância do projeto se mostrou tão evidente que acabou se estendendo a todas as turmas.

“O colégio abraça a causa e vem junto com os estudantes. Como sou psicóloga de diversas salas, reunimos líderes para contar sobre a dinâmica de sala de aula. Eles nos ajudam a entender o universo de cada turma. Se percebermos qualquer atitude ameaçadora, realizamos atividades especificas para resolver a questão pela raiz”, conta Braga.

Tratar pela raiz do problema

Segundo a lei de combate ao bullying nas escolas sancionada em 2015, a prática consiste em “Atos de violência física ou psíquica exercidos intencional e repetidamente por um indivíduo ou grupo contra uma ou mais pessoas com o objetivo de intimidar ou agredir, causando dor e angústia à vítima”

No mês passado, porém, a legislação foi atualizada, determinando que docentes e equipes pedagógicas devem implantar ações de conscientização, prevenção e combate a todos os tipos de violência, especialmente a “intimidação sistemática”.

“Não existe um instrumento para medir a questão, mas, em se tratando da psicologia, muitas vezes resultados não são medidos em números. Nossos resultados são positivos, líderes de turma afirmam que a forma de brincadeira mudou, os alunos mais excluídos começam a participar. E principalmente a palavra respeito. O respeito uns pelos outros começou a acontecer e a escola ficou mais leve”, conta sobre a evolução.

Se você é aluno, professor, gestor ou faz parte de alguma escola da rede Anglo, venha nos contar o que você faz para inspirar as pessoas ao seu redor. Envie sua história para nós.

One comment

  1. Parabéns pelo projeto. Adorei a ideia do espelho E se fosse você..
    Realmente a proposta é merecedora da divulgação feita pelo sistema. Show.

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