Estudantes aprendem sobre mobilidade urbana e cultura em contato com crianças de Moçambique

O trabalho exercitou a empatia, uma vez que os alunos conheceram uma realidade de vida diferente das suas

Em 2018, alunos do Claretiano Colégio, de Rio Claro (SP), participaram de dois projetos: o Anglo Kids e o Missão Moçambique, Claretiano Solidário na África. O tema do primeiro foi “Vamos salvar o mundo” e, em específico para os quartos anos, o subtema foi mobilidade urbana. O trabalho se desenvolveu juntamente com o Missão Moçambique, o qual promove o reforço escolar no contraturno para melhorar a educação das crianças neste país da África.

Os alunos de Rio Claro exercitaram a escrita em uma carta para os colegas de Gilé. Em uma página, cada um contou um pouco sobre si e sua família, seu trajeto até a escola e o meio de transporte o qual utilizam. Alguns ainda perguntaram aos novos amigos sobre os brinquedos favoritos, se eles têm bichos de estimação e vários fizeram incentivos aos estudos: “Vá à escola para aprender mais”; “Não desista dos seus sonhos e não desista de ir à escola, seu futuro será melhor” e “A escola é muito boa para as crianças lá nós teremos um futuro melhor”.

As cartas foram escaneadas junto com um desenho de cada aluno sobre os meios de transporte para envio por e-mail. Já os estudantes africanos compartilharam vídeos com os brasileiros em que eles se apresentam e contam sobre os meios de transportes que conhecem: moto, avião, bicicleta, carro e trem foram citados por eles.

Ao final do projeto, a comunidade escolar do Claretiano produziu um documentário com professores, alunos, pais, falas dos alunos de Rio Claro e Gilé. Além disso, foi promovida a venda de camisetas da Missão Moçambique em que a renda obtida foi convertida em material escolar, uniforme e alimento para os alunos do país africano.

A experiência dos estudantes brasileiros, de entrar em contato com crianças de idade próxima, mas com uma realidade e uma cultura tão diferentes, os fez refletir sobre suas condições, atitudes e ainda exercer a empatia.

As impressões e mudanças de comportamento foram observadas tanto dentro do ambiente familiar quanto escolar. Bárbara Pauletti, mãe de aluno, conta: “Nas conversas que tivemos em casa ele ficou muito impressionado com a baixa qualidade de vida que eles têm e a alegria que eles demostram mesmo tendo pouco”.

Já a professora do Claretiano, Elisabete Alves Pereira, reforça o impacto da experiência: Eles [as crianças de Moçambique] recebem cinco bolachas no lanche. Duas eles comem e as outras eles guardam para dividir com os irmãos que não estão na escola, que não vão ter para comer. Isso tocou os meninos daqui”. A docente diz que a reflexão se mostrou também em ações pois, na hora do lanche, os estudantes ao invés de jogar fora o alimento que não querem mais comer, guardam para depois.

O projeto contou com a participação de 170 pessoas no Brasil – pais, alunos, professores, equipe pedagógica – e 150 estudantes foram beneficiados em Moçambique.

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