Educação deve ser atualizada constantemente

Escola precisa ter ambiente atrativo, motivar os alunos e promover a formação continuada dos docentes, aponta Mari Cerqueira Leite, assessora pedagógica do Sistema Anglo

A educação requer muita atualização porque novos desafios estão sempre surgindo. “Fora dos muros da escola, o mundo é atrativo e colorido, apresenta uma série de oportunidades e convida o aluno a fazer múltiplas descobertas”, diz Mari Cerqueira Leite, assessora pedagógica do Sistema Anglo de Ensino. Nesse cenário, é preciso criar estratégias inovadoras de ensino para auxiliar no desenvolvimento dos alunos. Também é necessário estar em constante adaptação, originando novas maneiras de ensinar e aprender.

Segundo ela, as atualizações precisam estar relacionadas, principalmente, a três aspectos: tornar a escola interessante, motivar os alunos e capacitar os professores.

Para o ambiente escolar se tornar um lugar instigante e desafiador, as inovações devem incluir instrumentos tecnológicos, tal como previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Celulares e pesquisas digitais podem ser aliados na sala de aula, em atividades pedagógicas, na aplicação de avaliações e simulados e nas propostas de leituras”, afirma Mari. Ela dá como exemplo plataformas que ajudam os alunos a estudar, pesquisar e verificar os conhecimentos, como o Plurall.

Para a assessora, a escola atual só vai se tornar de fato enriquecedora e indispensável quando ela tiver alunos motivados e engajados, que saibam o que estão buscando no ambiente escolar. Para isso, é preciso oferecer um ensino contextualizado, com elementos que façam parte da vida do estudante e que claramente tenham sentido para ele. “É importante que a escola se proponha a desenvolver os alunos não apenas do ponto de vista cognitivo, mas também no que diz respeito à dimensão socioemocional, ou seja, fazer com que os estudantes tenham a capacidade de aplicar o que aprendem também fora da escola para resolver desafios e problemas, conforme apontado pela BNCC”, diz.

De acordo com ela, isso não significa deixar de lado o grupo de competências conhecidas como cognitivas (interpretar, refletir, pensar abstratamente, generalizar aprendizados), até porque elas estão estreitamente relacionadas às socioemocionais. “Com estudos orientados e projetos, é possível ajudar os alunos a conhecer o que gostam de estudar, como preferem aprender, o que os faz desistir, em que costumam errar, quais emoções são dominantes e quando fracassam ou têm sucesso. Em especial, a descobrir quais são seus sonhos e de que forma persistir em alcançá-los”, afirma.

Em relação à capacitação docente, a escola precisa evidenciar a importância da formação continuada, com a finalidade de manter a equipe escolar sempre atualizada, inovando e aprimorando as práticas pedagógicas. “Isso pode ser feito de diversas formas, como cursos práticos, realizados na escola, que valorizem a experiência do professor; tematização de práticas, via relatos, observação ou filmagens de atividades voltadas ao desenvolvimento de competências socioemocionais, seguidas de discussão e análise conjunta; e troca entre pares, inclusive, por meio de depoimentos de professores mais experientes”, exemplifica a assessora.

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