Aula invertida e ferramentas de apoio engajam e possibilitam o protagonismo dos estudantes

Ao se prepararem previamente, alunos participam mais das aulas, constroem seus saberes e se apropriam do conhecimento

O conceito de aula invertida foi elaborado nos Estados Unidos, na década de 80, com o objetivo de potencializar o entendimento dos alunos a partir de aulas menos expositivas e mais participativas. Nesse método de ensino, o aluno tem acesso a informações básicas fornecidas previamente pelo professor e chega à sala de aula já sabendo de certos conteúdos, o que favorece a interação, a resolução de dúvidas e o avanço da aprendizagem. Com a internet e as novas tecnologias de comunicação, abre-se um leque maior de possibilidades para isso.

Luiz Fay, assessor pedagógico do Sistema Anglo de Ensino, conta que, tradicionalmente, nos sistemas educacionais que vigoraram até o século XX, o aluno ia para a escola para receber todo o conteúdo que o professor tinha para ensinar, de forma passiva, como na metáfora da folha de papel em branco, que está vazia à espera de ser preenchida.

“Mas, hoje isso mudou. Estudos da neurociência e da psicopedagogia também reforçam a ideia que o aluno deve ser protagonista na construção do conhecimento, trazendo dúvidas e questões para a aula”, diz.

E como a aula invertida funciona no Sistema Anglo? Fay explica que, no Ensino Fundamental II, por exemplo, ao fazer uma tarefa, o aluno vai ser desafiado a explorar conhecimentos que serão trabalhados nas aulas seguintes. “A tarefa traz a checagem dos conhecimentos que foram passados pelo professor, mas cria também uma introdução e uma provocação para as tarefas futuras”, diz.

No Ensino Médio, no material do “Terceirão alfa”, a ferramenta “Retomar e Prosseguir”, disponível na plataforma Plurall, traz vídeos didáticos, de cerca de um minuto de duração, em que o professor explica a relação entre a aula que o aluno acabou de ter e o que ele vai ver na seguinte. “É um elo que liga uma aula e outra”, conta.

Já no pré-vestibular, os materiais alfa verde a alfa rosa replicam a mesma estratégia do “Retomar e Prosseguir” do Ensino Médio, mas com mais conteúdos e densidade maior, devido às exigências dos vestibulares.

Nesse processo de autonomia dos alunos em relação à busca de conhecimento, Fay cita ainda outro recurso, também disponível na plataforma Plurall, o “Aula dada, aula estudada”. Ele permite que o aluno realize tarefas pelo aplicativo, tendo a opção de contar com vídeos de resolução de questões e de resumo de conteúdos para ajudar a resolver os exercícios. Com isso, o professor pode acompanhar o desempenho de cada estudante e da turma como um todo e, considerando dificuldades e defasagens, elaborar estratégias para as aulas seguintes.

“Com o uso dessas ferramentas e da aula invertida, conseguimos ter um aluno muito mais engajado, presente e interessado nas aulas. A preparação prévia traz uma postura de estudante, aquele que vai atrás e se apropria do conhecimento e não apenas reproduz o que viu. Isso faz uma diferença enorme para o aprendizado, pois desenvolve a capacidade crítica de lidar com o saber e com a dúvida”, afirma o assessor.

4 comments

  1. A Escola Espaço Livre desde 2018 implementa muitas propostas envolvendo Metodologias Ativas. O resultado dessa mudança tem sido super positivo.

  2. Esse conceito de aula invertida, é muito importante para construção do conhecimento do aluno.

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