Como as escolas podem otimizar os recursos do marketing digital?

Conteúdos de sites, blogs e redes sociais devem dialogar com as necessidades dos potenciais usuários

Na era do marketing digital, as instituições de ensino devem saber aproveitar, da melhor maneira possível, todo o potencial da comunicação via internet, por meio de seus sites, blogs e redes sociais. “O marketing digital mudou muito a forma de venda de produtos e serviços. Hoje, não se fala mais sobre o que se vende, mas sobre como resolver os problemas do seu potencial cliente”, afirma Cássio Mori, sócio e diretor de marketing da agência EMME (Escola de Matrículas e Marketing Educacional), parceiro do Sistema Anglo de Ensino.

Mori diz que, atualmente, as escolas não divulgam mais simplesmente “matricule seu filho aqui”. Ela precisa atrair o público de outra forma. Por exemplo, oferecendo um conteúdo de interesse dessas pessoas, sobre temas como a relação família-escola ou o uso da tecnologia na sala de aula. “E, mais do que isso, ela necessita conhecer melhor esses indivíduos e captar seus contatos para formar o seu cadastro próprio de usuários e, assim, poder se comunicar mais assertivamente com eles, via e-mail, whatsapp e SMS”.

Ele explica que quando se faz uma campanha somente dentro de redes sociais, como o Facebook ou o Instagram, a formação desse cadastro próprio não ocorre. Uma série de pessoas são impactadas, mas não se tem informações sobre elas — quem são e quais os seus interesses — a não ser que parta delas própria a iniciativa de entrar em contato com aquela empresa ou escola. É o que se chama de “cadastro alugado”. “Há escolas que atuam nas redes sociais, mas do mesmo modo como se fosse o antigo anúncio de jornal. Quem viu e tiver interesse que entre em contato”, exemplifica o diretor. O grande desafio seria, portanto, conseguir transformar os contatos alugados em contatos próprios.

Uma das maneiras de se fazer é isso por meio de um blog que ofereça conteúdos de interesse. “Para atrair, é preciso entender quais são as ‘dores’ desse potencial cliente, ou seja, quais problemas que ele precisa resolver. São soluções para essas questões que um blog deve apresentar”, diz o diretor.

A partir disso, a divulgação desses conteúdos nas redes sociais pode ser usada como isca para que o potencial cliente chegue até o blog e ao próprio site institucional, onde saberá mais sobre o que a escola faz, sua missão, visão e valores. E a ideia é que esse usuário informe seus dados e deixe o seu contato. Isso pode ser feito, por exemplo, ao baixar um e-book ou assinar uma newsletter. “Assim, transforma-se o contato alugado em próprio”.

Outra maneira de atrair as pessoas para um site ou blog — para que também façam um cadastro para iniciar um relacionamento — é por meio do Google. É importante que, num resultado de busca, o conteúdo apareça na primeira página. “As estatísticas mostram que 90% das pessoas clicam nessa primeira tela”, ressalta Mori.

O foco na resolução de problemas também vai ao encontro do que o próprio Google considera ao apresentar os resultados de uma determinada busca. “De um lado você tem os robozinhos do Google procurando as melhores soluções e, de outro, você tentando apresentar o seu conteúdo”, resume o diretor.

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