Estudar em outra cidade exige do jovem planejamento e autonomia

Pais devem oferecer apoio e acompanhar de perto a passagem do Ensino Médio para a vida universitária, ainda mais quando ela envolve mudança de endereço

Depois de tanto estudo, esforço e dedicação, seu filho foi aprovado no vestibular e, finalmente, vai fazer o curso que tanto queria. A questão é que a faculdade fica em outra cidade ou estado. Em meio a tantas outras mudanças pelas quais ele está passando, como os pais podem ajudá-lo nessa transição?

Para Mari Cerqueira Leite, assessora pedagógica do Sistema Anglo, a aprovação é motivo de muito orgulho e traz a sensação de dever cumprido, mas, na verdade, a missão ainda não terminou. “Os pais devem saber que a passagem do final do Ensino Médio para o início da Educação Superior não significa o final da adolescência. A família não pode fazer desse momento um rompimento e esperar que, a partir de então, o jovem consiga lidar com todas as situações sem contar com o apoio dos pais. Ao contrário, é exatamente nesse período que o jovem precisa ter a família como referência”.

Em primeiro lugar, ela orienta que os pais ajudem o filho a fazer um planejamento, para que se sinta mais seguro e confiante para enfrentar as situações que virão. Normalmente, nas universidades, após a efetivação da matrícula, o estudante recebe documentos com as disciplinas em que ele foi matriculado, junto à carga horária, créditos e horários das aulas. “Nesse momento é importante informar-se a respeito da estrutura e dos serviços oferecidos pela instituição”, aconselha.

A assessora também sugere que os pais visitem a cidade onde o filho vai morar pelos próximos anos, para conhecerem o ambiente onde ele viverá e ajudá-lo a encontrar um lugar para morar. A seleção da moradia deve levar em conta as possibilidades financeiras e locais que sejam mais próximos ou com melhores acessos à faculdade. Buscar por grupos de estudantes na universidade e nas redes sociais também pode ser uma alternativa.

Outro aspecto relevante é o estudante saber administrar os recursos para pagar suas despesas, como transporte, moradia e alimentação. “Ele deverá ter bastante suporte, pois talvez seja a primeira vez que fará isso e, para tanto, precisará estar preparado”, diz a assessora.

De acordo com ela, cada família tem o seu próprio modo de acompanhar o filho, mas é importante estimular a autonomia do jovem e, ao mesmo tempo, deixar claro para ele que os pais são um apoio constante com quem ele sempre poderá contar.

“Quando seu filho se mudar, diga que sentirá muitas saudades, mas não faça disso um drama. Mostre-se feliz e confiante, afinal ele está buscando o melhor para o futuro dele. Guie seu filho, mas não faça as coisas por ele. Uma proximidade calculada pode ser a melhor postura para o sucesso”, sugere a assessora.

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