Colégio contou com o apoio da comunidade em projeto que durou três meses

Indústrias de todo o mundo fabricam e vendem, ano após ano, milhões de peças de roupas. Se parassem de produzir hoje mesmo, a quantidade de vestuário já disponível no planeta seria suficiente para vestir toda a população terrestre por três anos. Essas montanhas de roupas descartadas diariamente, na maioria das vezes, acabam sendo jogadas foras e levadas até aterros sanitários, onde demoram centenas de anos para se decompor.

Como forma de inspirar práticas sociais e semear a conscientização sobre o reaproveitamento e a sustentabilidade junto aos alunos, o Anglo Cabreúva (SP) encontrou uma forma que acabou inspirando também a comunidade local. Com o projeto “Varal Solidário”, a instituição promoveu a doação de roupas e cobertores não só como forma de ajudar a população carente, mas também para trabalhar a importância do consumo consciente.

“Foi uma ideia simples que causou um engajamento muito grande dos alunos e da comunidade. Estendemos um varal no muro da escola e penduramos as roupas que chegavam para a doação. Entre 8h e 17h, quem estivesse precisando ou gostasse de alguma peça, podia levar”, conta Yara Faber, coordenadora pedagógica do colégio, que contou com o apoio de toda a equipe, incluindo a diretora Palmira Maria Motta, para a implantação do projeto.

Como a instituição está localizada em uma rua movimentada, a notícia do Varal Solidário logo se espalhou pela cidade de pouco mais de 40 mil habitantes. Segundo Yara, a maioria das pessoas interessadas eram de bairros mais distantes, que procuravam roupas para os filhos de um a sete anos.

Além dos alunos e funcionários, vizinhos do Anglo Cabreúva também aderiram ao projeto e deixaram roupas no varal para serem aproveitadas por outras pessoas. Segundo a coordenação do colégio, o Varal Solidário já está confirmado para acontecer no próximo ano. A expectativa é um engajamento ainda maior da população.

“Foi muito bonito ver a participação de 100% da escola, foram quilos e quilos de peças doados durante os três meses de duração do projeto. Para 2018, a tarefa de superar 2017 será ainda mais desafiadora. É gratificante ver que estamos ajudando na formação dos alunos e os ajudando a entender a importância da comunhão”.

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