Trabalho que foca em questões da sociedade, e tem grande engajamento dos alunos, contribui para familiarização com o que deverão ter na faculdade
O aumento do saber cultural e científico pode ser incentivado de inúmeras maneiras. Leituras, debates e aprofundamento em assuntos nem sempre são o suficiente. Buscando criar uma relação entre conhecimento e questões da sociedade, o Colégio Criarte, de São José do Rio Preto (SP), desenvolveu com os estudantes do Ensino Médio um projeto de Iniciação Científica.
Danilo Miranda, o coordenador do trabalho, explica a abordagem: “O projeto foi idealizado com o objetivo de promover uma iniciação acadêmica dos alunos do Ensino Médio em propostas multidisciplinares, que estivessem implicadas criticamente com a realidade da sociedade. Do mesmo modo, procurei estimular os discentes para que participassem efetivamente do processo de aprendizagem, desde a formulação dos problemas, buscando de forma coletiva as soluções de fenômenos naturais, sociais e culturais”.
Iniciação científica é uma experiência de pesquisa realizada em cursos universitários na qual o aluno produz um texto acadêmico sobre um tema de escolha própria. No caso do colégio, os estudantes deveriam optar por um assunto que abordasse um quesito social e, junto com um professor escolhido pelo próprio aluno como orientador, desenvolveriam ao longo do ano o projeto. Ao final, seria apresentado à comunidade escolar.
Miranda ressalta, entre os temas escolhidos, a relevância e o empenho de uma equipe ao criar o trabalho. “Um grupo de garotas resolveu problematizar a inclusão de alunos portadores da síndrome de Down. Partindo da realidade da nossa comunidade, contamos em 2017 com dois alunos em nosso colégio que possuem tal alteração no código genético. O trabalho foi bem estruturado e foi dividido em partes bem interessantes: elas buscaram ajuda de uma psicopedagoga fora da escola para poder aplicar questionários com os nossos professores a respeito de como lidavam com os conflitos em ter um aluno com determinadas restrições. Além disso, realizaram uma visita à APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) onde puderam estudar os diferentes níveis que a síndrome de Down possui”.
Realizada pela primeira vez em 2017, a iniciação científica teve continuidade em 2018 com algumas alterações. “A princípio ela era trabalhada apenas com os alunos do primeiro ano do Ensino Médio, mas agora estamos aplicando uma segunda proposta com aqueles que já fizeram em 2017, uma produção de um artigo científico”, explica o professor.
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