Desenvolvida no Colégio Canello Marques, ação foi dividida em etapas e envolveu os alunos em trabalhos teóricos e práticos
A situação atual dos refugiados no Brasil e no mundo é alarmante. Essas pessoas se veem obrigadas a deixarem seus países de origem por perseguições políticas, desastres naturais, crises econômicas ou guerras e enfrentarem uma realidade desconhecida. Nessa transição, é comum que encarem preconceitos e sofrimentos psicológicos, morais e sociais.
A partir desse cenário, o Colégio Canello Marques, de São Paulo, desenvolveu o projeto “Refugiados: Os desafios de iniciar uma nova vida” com os alunos do 2º ano do Ensino Médio. A ideia foi ampliar a visão de mundo e promover uma vivência e intercâmbio cultural e cidadão entre os estudantes e os grupos de refugiados visitados.
No total, aproximadamente 1.000 pessoas foram beneficiadas tanto pelas doações quanto pelo contato com os jovens ao longo das visitas a quatro diferentes instituições.
O projeto foi dividido em etapas e cada trabalho foi concentrado em um bimestre. Na primeira fase, os alunos investigaram a realidade atual da migração forçada por meio de leituras e análises críticas de artigos. Após se juntarem em equipes, eles fizeram um levantamento dos fatores que desencadearam a situação dos refugiados, especialmente no Brasil, e da política do país na integração e acolhimento desse grupo. As informações obtidas foram reunidas e organizadas em um trabalho escrito e apresentadas no final do primeiro bimestre.
Posteriormente, os jovens realizaram as visitas de reconhecimento e sensibilização. Após pesquisarem um pouco mais sobre os refugiados que vêm para o Brasil, especificamente em São Paulo, eles estabeleceram o primeiro contato com os grupos. Cada equipe escolheu os locais que gostaria de visitar e levou um questionário. Pensando nas outras etapas do projeto, os estudantes levantaram quais as principais carências dos refugiados e começaram a pensar em possíveis intervenções. Ao final do bimestre, todo o trabalho foi sintetizado em mais uma apresentação.
Com uma noção mais precisa sobre as carências e demandas de cada instituição de apoio aos refugiados, os grupos de alunos se concentraram na terceira fase: captação de recursos e campanhas de doação. Para arrecadarem dinheiro e conseguirem comprar determinados itens, os jovens organizaram rifas com objetos doados e produziram brigadeiros para serem comercializados. Além disso, se organizaram para arrecadar doações de roupas, brinquedos, produtos de higiene pessoal, entre outros, com pontos de coleta e divulgando a campanha nas redes sociais, dentro e fora da escola. No total, as quatro instituições foram beneficiadas.
Por último, os resultados foram apresentados na feira cultural do colégio. A exposição contou com apresentações de teatro e de dança com foco na história e as dificuldades enfrentadas pelos refugiados, a palestra de um refugiado angolano, foram espalhados painéis com fotos de diferentes fases do projeto e foi possível experimentar comidas típicas dos países de origem de cada grupo. Além disso, foi organizado um totem que continha informações profissionais dos refugiados que buscavam a inserção no mercado de trabalho.
Muitas pessoas conheceram o trabalho das instituições com as exposições durante a feira cultural e se interessaram pela causa. Assim, estima-se que mais de 3500 pessoas se envolveram solidariamente com o projeto.
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