O colégio tornou-se referência em receber doações ao realizar diversas campanhas para arrecadação dos dispositivos
Os aparelhos auditivos são em geral caros (podem chegar até R$15 mil) e a procura no SUS (Sistema Único de Saúde) é alta, fazendo com que o tempo de espera do paciente possa chegar a anos. Além disso, a doação não é tão simples, já que, para funcionar, o aparelho deve ser adaptado de forma personalizada para cada pessoa, por um profissional fonoaudiólogo.
No entanto, o colégio Anglo Brasileiro, de São Paulo (SP), superou essas dificuldades e tornou-se um polo para a doação de aparelhos. A escola foi, inclusive, contatada pelo Metrô para receber cerca de 15 aparelhos encontrados no Achados e Perdidos os quais não foram procurados pelos donos. O projeto Som Solidário só foi possível com a ajuda de pais e alunos na divulgação e com ex-aluna, Aline Morais – formada pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) e mestre pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – atuando nas consultas dos pacientes para adaptação dos aparelhos de forma voluntária.
Morais ainda usou da sua expertise para conscientizar os alunos do colégio. Ela ministrou palestras para o Fundamental II e o Ensino Médio e mostrou a importância de cuidar da audição para que eles não tenham problemas no futuro. A especialista mediu a capacidade de ouvir dos estudantes, além de os alertar sobre cuidados, como evitar ouvir música pelo fone de ouvido em locais barulhentos.
Os discentes se engajaram também na captação dos aparelhos auditivos. Segundo a coordenadora do Anglo Brasileiro, Maria Valéria Engelstein, eles estão sempre atentos para informar às pessoas que possuem aparelhos sobre a possibilidade de doação; um exemplo é alguém que vai trocar o seu dispositivo por um novo. A escola ainda conseguiu promover campanhas em um jornal do bairro, que conta com a tiragem de 50 mil exemplares, com o apoio do pai de um aluno.
Muitos foram beneficiados por essas ações. Desde o início do projeto foram arrecadados cerca de 30 dispositivos. Diego Nunes está entre as pessoas que ganharam novas possibilidades: “O Aparelho Auditivo foi de grande valor inclusivo para minha vida pessoal, profissional e escolar […] Hoje consigo ouvir muitos sons com precisão e clareza, muitas pessoas que evitava falar, hoje falamos bastante; grupos que não conseguia interação, hoje dialogamos e interagimos […]” conta Nunes em depoimento para o Blog da FOPI (Fonoaudiologia de Pinheiros), clínica de Morais. O favorecido também desenvolveu um aplicativo para auxiliar deficientes auditivos, visuais e físicos. A ferramenta traz recomendações de livros, mapas adaptados, entre outros recursos, os quais permitem uma melhor inclusão desses indivíduos na sociedade.
Se você é aluno, professor, gestor ou faz parte de alguma escola da rede Anglo, venha nos contar o que você faz para inspirar as pessoas ao seu redor. Envie sua história para nós!
Muito útil o conteúdo deste site sobre aparelhos auditivos. Eu descobri minha perda auditiva recentemente. A dificuldade de ouvir me prejudica desde quando eu estava na escola. Agora que comprei o aparelho auditivo descobrirei novos sons e poderei realizar meu sonho de seguir carreira no exército.
Boa noite ,
Minha avó tem 92 anos e tem perda moderada da audição, identificamos recentemente pois acreditávamos que estivesse com depressão ela fez o teste e voltou a ouvir , parece outra pessoa.
Não temos como adquirir o aparelho e a fila do sus tem previsão para 1 ano , o que para ela pode ser muito tempo , vcs teriam aparelhos para doação ainda ?
Estou torcendo para que sim
Desde já agradeço
Ana