Alunos da Unidade Aeroporto, da Rede Decisão, produziram curtas a partir da leitura de Machado de Assis
O Oscar é uma das maiores e mais importantes premiações do cinema. Todos os anos, membros da indústria cinematográfica se unem para prestigiar as melhores produções da temporada. Inspirados na popularidade do evento, os membros da Unidade Aeroporto, da Rede Decisão, de São Paulo (SP), organizaram um Festival de Curtas-metragens para os alunos do 2º ano do Ensino Médio.
Veronica Silveira, professora de literatura do Ensino Médio e idealizadora do projeto, explicou que a atividade tinha as obras do escritor Machado de Assis como tema principal. “A leitura de Machado é essencial para o vestibular e para a literatura brasileira. Inclusive, foi ele quem trouxe o Realismo para o Brasil, matéria estudada no 2º ano”, comenta. Pensando nisso, os estudantes se dividiram em grupos de até cinco pessoas para adaptar obras do autor em curtas-metragens.
A ideia de estimulá-los a produzirem trabalhos em formato de vídeos foi despertar outras áreas do conhecimento, como artes, teatro e cinema. A interdisciplinaridade também esteve presente na mesa dos jurados: a professora de teatro e a equipe de marketing da escola avaliaram atuação, edição, trailers e som, entre outras categorias.
A liberdade criativa foi despertada pelo projeto já que os grupos precisaram elaborar roteiro, cenário e figurino. O primeiro passo, porém, foi entender um pouco mais da vida e obra de Machado: “Primeiro passei o conceito de quem era Machado, sua biografia, suas ideias e suas características literárias. Os alunos leram Memórias Póstumas de Brás Cubas e depois nós começamos a trabalhar com os contos”, explica Veronica.
O evento foi dividido em duas noites, uma para a exibição dos trabalhos e outra para a premiação dos vencedores. As famílias dos alunos foram convidadas a prestigiar cada um dos trabalhos e o sucesso do projeto foi tão grande que a escola vai expandi-lo em todas as unidades da rede.
Além disso, Veronica comemora o impacto pessoal nos alunos: “Depois do projeto, os estudantes começaram a gostar mais de literatura e perceberam que ela não é apenas uma leitura obrigatória para o vestibular, mas que é um assunto que faz parte da vida deles. Um dos alunos que ganhou como melhor ator quer seguir a carreira de teatro e um outro que ganhou como melhor edição estava na dúvida em qual curso escolher e decidiu fazer cinema por conta da atividade,” conclui a professora.
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