Quem trabalha com materiais didáticos deve estudar e compreender a BNCC

É importante que os profissionais estejam atentos às mudanças para conseguirem realizar as atualizações necessárias

*Por Marli Scatralhe

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem feito com que muitas pessoas e setores ligados à educação promovam discussões e conversas sobre o tema. Um desses setores é “a indústria do material didático”. Os autores e suas equipes editoriais, tanto de livros didáticos como de sistemas de ensino, estão em um movimento de discussão e cronogramas de produção para atualizar e adequar os materiais de acordo com a Base.

Os materiais didáticos são recursos pedagógicos que norteiam qual e como determinado conteúdo poderá ser aprendido pelo aluno. Como a BNCC apresenta os conhecimentos fundamentais que se espera que o estudante aprenda em cada ano da educação básica, ela afeta diretamente esses materiais. É essencial para quem trabalha na área e produz os materiais para a educação básica, estudar e compreender a BNCC. O desafio está em revisitar o que se tem para poder realizar as alterações e atualizações necessárias.

Vale lembrar que atualizar um material didático é algo muito maior do que somente trocar exercícios ou alguns textos. Quando um material sofre de fato uma atualização, todo o conjunto da obra deverá ser refeito, e esse é um trabalho que demanda um prazo razoavelmente longo.

Essa questão não deve ser quantitativa, mas qualitativa – o que deverá ser considerado é a qualidade da atualização que foi feita em uma nova edição de material didático.

Além disso, com a BNCC fica legitimada a inserção do aluno no centro do processo escolar, como protagonista. Entretanto, para que isso aconteça efetivamente, muitos professores terão que modificar suas práticas em sala de aula. Um outro ponto a considerar é a mudança de paradigma sobre a relação “ensino – aprendizagem”, porque com a Base o olhar está mais no que se aprende e não apenas no que a escola ensina.

O Anglo historicamente sempre tomou o cuidado de promover as atualizações sem causar impactos ou gaps desnecessários para a vida escolar do aluno no que consiste às programações curriculares. Assim, desde as primeiras discussões sobre a BNCC, entendemos que caberia consultar gestores e professores das escolas parceiras a fim de tomar decisões quanto ao cronograma de atualizações do nosso material.

Como essa não é uma medida de aplicação imediata, a atualização do material didático está acontecendo a passos lentos, porém firmes e precisos, em concordância com o que preconiza a Base.

*Marli Scatralhe é supervisora da assessoria pedagógica do Sistema Anglo de Ensino.

Escreva um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *