Dobrou o número de alunos que tiveram bom desempenho nos simulados Anglo e nas aprovações de vestibular
O Claretiano Rede de Educação, que engloba oito colégios distribuídos por três regiões brasileiras (sudeste, centro-oeste e norte), adota há 15 anos o Sistema Anglo de Ensino. Desde 2017, a rede começou a utilizar o PDCA (iniciais de Planejar, Desenvolver, Checar e Agir), um sistema de gestão implementado pelo Sistema Anglo em escolas parceiras, que visa ao controle e à melhoria constante de processos, em diversas áreas.
Martha Mansur Maluf Tomazella, coordenadora pedagógica da educação básica do Claretiano, comemora a decisão e comenta os impactos positivos no desempenho dos alunos. De acordo com ela, os resultados mais que dobraram nos simulados do Anglo e nas aprovações de vestibular. “É um ciclo de melhoria contínua e não para nunca. Pensamos em ações, colocamos em prática, checamos, vemos os pontos positivos e o que erramos, ajustamos e continuamos trabalhando para vencer novos desafios”, diz.
Para mostrar como o método funciona na prática, a coordenadora dá um exemplo. Ela conta que quando recebiam os resultados dos alunos numa avaliação do Anglo, queriam ter um desempenho melhor. Então, decidiram reunir os coordenadores para traçar metas para isso. Resolveram que cada professor teria que falar para os alunos sobre a importância do simulado e, durante a correção, dar a devolutiva de cada questão, explicando como ela deveria ter sido feita. “Com isso, os estudantes passaram a perceber onde erravam (ou acertavam) e qual era a habilidade desenvolvida. No simulado seguinte, eles já conseguiam aplicar o que tinham aprendido com o simulado anterior”, afirma.
Martha explica que houve todo um processo até o Claretiano adotar o sistema. Inicialmente, ela ficou em dúvida, pois conhecia o método, mas apenas aplicado a empresas e não à educação. Começou, então, a estudar e fazer um piloto numa unidade. Percebeu que poderia fazer gestão por resultados e números, ainda que o colégio tivesse um projeto de educação mais voltado para a parte humanista. Levou a proposta para os mantenedores, que aprovaram a ideia.
Hoje, há um professor responsável pelo PDCA em cada uma das oito unidades e também um que cuida da rede como um todo e administra os pontos focais nas unidades, de acordo com o que foi traçado para o conjunto. “Como estamos em cinco estados (São Paulo, Minas Gerais, Pará, Rondônia e Roraima), além do Distrito Federal, lidamos com diferenças regionais bem grandes. Mas conseguimos alinhar todos de forma harmoniosa e produtiva”, conta.
Neste ano, o PDCA começou a ser utilizado também para as avaliações internas da rede, preparadas pelos próprios professores, com o objetivo de também melhorar o desempenho dos estudantes.