Análise atenta dos resultados permite detectar fragilidades e implementar ações para corrigir eventuais problemas
As escolas que fazem parte do Sistema Anglo de Ensino realizam simulados com frequência, e os resultados obtidos permitem verificar o desempenho por aluno, disciplina e instituição, entre outros filtros, e até compará-lo com o de outros colégios parceiros do Sistema. Os resultados desses simulados, no entanto, têm um potencial e um valor que podem ir muito além.
Maristela Monteiro Paschoal, assessora pedagógica do Sistema Anglo, sugere que as escolas se apropriem desses dados para melhorar a qualidade das aulas e de suas próprias avaliações. “Na prática, as escolas pegam o boletim e apenas veem se foram bem ou não ou em que posição ficaram em relação às outras instituições do sistema. Mas, a partir disso, elas poderiam identificar e trabalhar suas fragilidades”, diz.
Segundo ela, se a escola identificou que os alunos não vão bem em questões que pedem a interpretação de imagens, gráficos ou tabelas, por exemplo, isso pode levar a uma reflexão sobre como trabalhar esses conteúdos em sala de aula e a um questionamento em relação a se ele está presente — e como foi abordado –nas provas feitas pelo professor da turma.
Maristela conta que o trabalho que realiza como assessora consiste justamente em propor e fazer essa discussão com as escolas que têm interesse nessa melhoria pedagógica. “Começamos pela análise do boletim do Anglo, pois ele também é um reflexo da atuação do professor em sala de aula. Se ele não está conseguindo ensinar ou não está cobrando isso adequadamente nas provas que prepara, o aluno não tem como aprender”, ressalta.
Durante o processo, os professores também recebem treinamento para leitura e interpretação dos resultados. A partir daí, são elencados os pontos deficitários dos alunos, e as provas preparadas pela escola são analisadas para ver como essas questões têm sido trabalhadas. Posteriormente, a assessora dá uma devolutiva para os coordenadores e direção. “Muitas vezes, percebemos também gaps na formação dos professores, o que tem levado as escolas a promover capacitações, como cursos e palestras”, afirma a assessora.
“O estudo e a análise das deficiências da escola possibilita pensar nas medidas necessárias para aumentar a qualidade do ensino e, a médio prazo, conseguir melhores resultados dos alunos no vestibular e no Enem. Só olhar para o resultado e constatar que está aquém não adianta. A questão é o que fazer depois disso, que medida tomar. É nisso que precisamos avançar”, conclui Maristela.