Dia do Folclore deve estimular interesse pela riqueza cultural do Brasil

Conceito deve considerar também que toda manifestação cultural é influenciada pelo contexto de quem a produz, o que está em constante mudança

Em 22 de agosto, comemora-se o Dia do Folclore. O folclore pode ser entendido como a base cultural que expressa e determina a maneira de vida de grupos sociais específicos, transferindo, de geração para geração, os valores acumulados pelo tempo.

“Estudar sobre o folclore brasileiro, seus contos e lendas significa despertar nas crianças curiosidades sobre os antepassados e estimular seu interesse pela riqueza cultural de cada região do país. Esses devem ser os principais objetivos ao introduzir o assunto na Educação Infantil”, diz Mari Cerqueira Leite, assessora pedagógica do Sistema Anglo.

Em sala de aula, a professora pode começar, por exemplo, com uma conversa informativa a fim de saber o que as crianças já conhecem ou não sobre o assunto, contando histórias e lendas. Depois, orientar para que pesquisem em casa, com os pais, lendas conhecidas e as socializem com a turma por meio de recontos. As atividades podem incluir também a escolha das histórias preferidas dos alunos por meio de votação e desenho livre de personagens do folclore.

“São práticas como essas que estimulam as crianças a identificar os elementos organizacionais e estruturais das lendas e sua finalidade, bem como reconhecer a diversidade da cultura local e, assim, construir o conceito de lendas”, afirma a assessora.

Ela explica que, para uma criança que está na Educação Infantil, começar com aquilo que o aluno traz de casa facilita o entendimento da diversidade cultural e, para aproximar ainda mais o folclore da realidade desses estudantes, a escola pode inserir brincadeiras e cantigas de roda como ponto de partida, mas não como abordagem exclusiva.

A assessora destaca a importância de mostrar que o folclore não se restringe apenas a cantigas e lendas antigas, mas que é algo produzido a todo momento. “Estimular os alunos a pesquisar sobre suas próprias comunidades e até mesmo hábitos familiares pode ser um ótimo ponto de partida para que percebam que o folclore é algo vivo, e que é a origem do modo de pensar, sentir e agir de nosso povo.”

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