Ensino Médio: como aproveitar o período integral com atividades extras?

Proposta do Anglo Sorocaba é balanceada com as exigências do vestibular, valorizando uma formação mais ampla e resgatando o interesse pelo estudo

No Anglo Sorocaba, além das aulas tradicionais que cumprem a carga horária obrigatória do Sistema Anglo de Ensino, os alunos contam com aulas em diferentes formatos e uma série de atividades extras em período integral, que vão de artes a esportes, passando pela participação em projetos de cooperação internacional. “O aluno de Ensino Médio pode ficar o dia inteiro na escola, se quiser. Ele sempre vai ter o que fazer por aqui”, diz Carol Lyra, diretora acadêmica do colégio.

Depois das aulas da semana de matemática, física, química e biologia, os estudantes têm mais uma aula aplicada de cada uma dessas disciplinas, que pode ser experimental (em que o professor faz experimentos para ilustrar algum conteúdo ensinado na semana), invertida (flipped classroom, em que os alunos estudam um determinado assunto antes da exposição feita pelo professor), gamificada ou seguindo a metodologia conhecida como PBL (Problem Based Learning, em que precisam achar uma solução para um problema real). Além disso, também podem ter uma aula pelo celular, usando o aplicativo padlet, que possibilita um painel interativo, onde é possível combinar textos, fotos e vídeos. Outro exemplo é utilização de podcats ou vídeos nas aulas de linguagem.

Além dessas aulas obrigatórias, que ocupam o período da manhã e, em alguns dias, parte do período da tarde, os estudantes podem participar de atividades extras. O Cine Anglo, por exemplo, promove a exibição de filmes seguidos de debates com os professores. No Clube da Música, eles ficam sabendo sobre os artistas e a história de um determinado gênero musical, além de poderem tocar. Há também oficinas de teatro. Na parte esportiva, os alunos podem praticar ginástica artística, skate, batalha campal (espécie de guerra medieval), vôlei, basquete, futebol e handebol.

Além disso, em sintonia com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelece (para 2021) Trabalho e Projeto de Vida como uma das competências a ser desenvolvida ao longo da educação básica, a escola também trabalha a questão da orientação vocacional e de estudos. “Fazemos a apresentação de informações sobre cursos superiores e carreiras e chamamos pais de alunos para falarem de suas profissões”, conta a diretora.

Outra iniciativa, ainda, diz respeito a uma parceria com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, em que os alunos participam de um projeto de colaboração internacional junto com uma escola norte-americana. Os estudantes brasileiros e norte-americanos desenvolveram um projeto de design sustentável, recebendo orientações e trocando informações por videoconferência. “Eles fizeram um parque, um espaço na escola, com material reaproveitado, como um pufe de pneu e móveis de garrafa pet. Eles tinham reuniões semanais com os americanos e aprenderam a usar autocad [software para a criação de projetos]”, afirma Carol.

“Por causa do perfil do colégio, somos muito focados em resultados e em aprovação no vestibular. Mas eu acho importante olhar para os alunos sob várias óticas e valorizar um pouco a veia artística e outros aspectos. Se ele não é bom em matemática, ele pode ser bom em outra coisa”, considera a diretora.

De acordo com ela, o aluno de Ensino Médio precisa ser reconquistado e gostar mais da escola. “Pelo fato de ser um colégio de alta performance, pode ficar maçante só o esquema, aula, giz e lousa, ainda mais para os jovens, que hoje têm muito mais opções. Então, a gente quer mostrar que a escola também pode ser um lugar gostoso. Eu adorava a minha escola quando estava no Ensino Médio e queria que os alunos daqui tivessem esse mesmo sentimento”.

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