Escola precisa engajar estudantes e estimular práticas sustentáveis junto às famílias
A sobrevivência dos seres vivos na Terra depende da capacidade do homem em conservar o meio ambiente e garantir o uso sustentável dos recursos naturais. Abordar essa questão com os alunos é fundamental para despertar a consciência pela preservação. No entanto, é necessário ir além da teoria. “Não adianta só ensinar ou dizer que é importante; tem que praticar. A criança precisa vivenciar isso na escola e em casa”, diz Maristela Monteiro Paschoal, assessora pedagógica do Sistema Anglo.
Segundo ela, para conscientizar, de fato, as crianças, é necessário que a escola, os sistemas educacionais e as famílias trabalhem juntos. “Precisa haver esse engajamento no conjunto das ações, pois é algo que vai e volta: a família dá apoio para a escola e, ao trabalhar isso no colégio, o estudante acaba levando esse conhecimento para a família também”.
Por exemplo, um avô que cresceu sem saber que conservar o meio ambiente é essencial, que a água é um recurso finito etc, ele vai poder repensar esses conceitos. “Tem que envolver as crianças para que elas possam agir e influenciar quem está a sua volta”.
Entre as práticas que podem ser feitas com a família estão a reciclagem de lixo, a economia de água e energia, o não desperdício de alimentos e até a mudança de hábitos de consumo. “Frente à possibilidade de comprar algo, a criança ou adolescente vai aprendendo a se questionar se realmente precisa daquilo, porque está comprando e que impacto ambiental isso gera”, afirma a assessora.
Outro exemplo em que a escola e a família podem estar alinhadas é no plantio de árvores — lembrando que, se for em vias públicas, é preciso consultar a prefeitura. “É importante o aluno relacionar que, plantando árvores e evitando cortes, tanto em áreas florestais como na própria zona urbana, isso vai se refletir na melhoria da qualidade do ar, no controle da temperatura e no aumento da umidade”, explica.
O mesmo ocorre quando se estuda as fontes de energia. “Os alunos aprendem sobre a produção, as usinas, a geração de energia eólica etc. Mas de nada adianta saber tudo isso se largar a luz acesa e o computador ligado sem uso”, destaca.
Para Maristela, o trabalho de conscientização, para que os alunos se tornem adultos que fazem as melhores escolhas em termos ambientais, é longo e perpassa toda a educação básica. “Mas, com certeza, traz bons resultados a médio e longo prazo, e as escolas não podem se abster disso”, finaliza.