Decisão deve levar em conta o autoconhecimento e as informações sobre as profissões, e não apenas a situação do mercado de trabalho
A escolha profissional é uma das decisões mais importantes que se coloca para os estudantes que estão concluindo o Ensino Médio. A questão ganha novos contornos no cenário atual, marcado pelas intensas transformações tecnológicas que provocam profundas mudanças no mercado de trabalho.
Estudo realizado pelo Institute For The Future, encomendado pela Dell Technologies, aponta que a maior parte dos postos de trabalho que existirão em 2030 não foram ainda sequer criados. Outra pesquisa, do Center for the Future of Work, lista essas possíveis funções, como detetive de dados, facilitador de TI (tecnologia da informação) e oficial de compras éticas.
“Fazer uma escolha segura não significa ter garantias e certeza de futuro, mas implica em ter consciência e clareza daquilo que está sendo escolhido. É importante o jovem se informar e conversar com profissionais inseridos na sua área de interesse para entender o dia a dia do profissional e evitar surpresas na sua vivência na graduação e na profissão”, afirmam as psicólogas do Serviço de Atendimento Psicológico (SAP) do Curso Anglo, Bárbara Sousa, Mayra Temperine, Paula Pimenta e Silvia Hasse.
De acordo com elas, para fazer uma boa escolha, três fatores são fundamentais. O primeiro é o autoconhecimento, que significa identificar características de personalidade, habilidades e interesses, e levar em conta a história de vida e os valores familiares relacionados ao trabalho e aos estudos. O segundo aspecto é pesquisar informações sobre as atuações profissionais e ter clareza das exigências e instrumental teórico-técnico da profissão. Por fim, é importante considerar a intersecção do autoconhecimento com o mundo do trabalho e compreender o que será mais relevante, projetando-se a médio e longo prazo.
Sobre as transformações que ocorrem no mercado, elas pontuam que estar constantemente atualizado e diversificar os interesses e as experiências são formas que os estudantes têm de ampliar os próprios recursos e preparar-se para essas mudanças.
“O mercado de trabalho é apenas um dos aspectos a serem considerados na escolha profissional. Então, o peso que ele terá depende da avaliação de cada um, levando em conta os outros fatores referentes à escolha, como o autoconhecimento e as informações sobre as profissões”, concluem as psicólogas do SAP.