É preciso dispor de ferramentas diversas para que cada estudante possa desenvolver as suas potencialidades
Propostas de personalização do ensino vêm ganhando força nos últimos tempos. São estratégias diversas usadas no processo pedagógico, de modo que estudantes com diferentes perfis e ritmos de aprendizagem possam ser atendidos, respeitando o potencial e a individualidade de cada um.
“Não dá para ter a mesma camisa para todos os alunos vestirem. Isso significa que uma mesma estrutura educacional não serve para todos. Podemos ter parâmetros comuns, mas é preciso dispor de ferramentas que garantam a personalização e diferentes caminhos para que cada um possa desenvolver as suas habilidades”, diz Renan Garcia Miranda, diretor pedagógico do Curso Anglo. Segundo ele, a própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC) fala em itinerários, trilhas e protagonismo, mostrando a importância de se ter ferramentas que garantam isso.
Entre os recursos que podem ser usados para personalizar o ensino, ele cita as metodologias ativas como opção à aula expositiva, para que ela não seja o único caminho a ser seguido. “Num trabalho em grupo, por exemplo, é possível dar voz ao aluno, ao propor a leitura de um texto e a discussão com o grupo. Isso pode ser uma estratégia de aprendizado”, explica o diretor.
Outra forma, segundo ele, é a sala de aula invertida, em que o aluno tem o primeiro contato com o conteúdo em casa e, depois, discute e esclarece as dúvidas na classe. “Quando o estudante assiste uma aula invertida, ele já estudou ou já respondeu perguntas sobre o assunto. Assim, ele sai de um lugar passivo, em que o professor era o dono do saber, e se torna também um protagonista, porque ele estudou e se preparou”.
O material do Sistema Anglo, de acordo com Miranda, permite fazer trilhas diferentes em função de cada aluno. O estudante pode escolher entre a tarefa mínima, a tarefa complementar e, dependendo do engajamento, pode partir para o desafio.
O caderno HAC (Habilidades de Alta Complexidade) do Anglo também oferece a possibilidade de personalização, na medida em que o aluno pode estudar sozinho, retomar conceitos vistos na sala de aula, aprofundar conhecimentos e estabelecer correlações entre situações concretas e conteúdos teóricos.
Para Miranda, a personalização do ensino é uma forma de preparar os estudantes para os desafios atuais e futuros. “Se o processo de aprendizagem for muito homogêneo, vamos ter pessoas iguais. Mas, no mundo atual, nós trabalhamos em grupo o tempo todo, e os saberes são distintos e se complementam. A personalização ajuda a formar essa pessoa que vai trabalhar e interagir melhor em grupo”.