Como transformar as redes sociais em aliadas do aprendizado?

Escolas devem estabelecer critérios de utilização e ter clareza quanto aos objetivos; recursos podem deixar aulas mais significativas e estimular o protagonismo dos estudantes

O avanço das tecnologias e das redes sociais são processos irreversíveis. As crianças e os adolescentes de hoje não viveram outra realidade que não a de um mundo hiperconectado. “Esse cenário representa um desafio e uma oportunidade para as escolas, se elas souberem utilizar essas novas tecnologias de comunicação e informação a seu favor”, diz Anderson Alberto da Silva, assessor pedagógico do Sistema Anglo.

Muitas vezes, os colégios enfrentam o dilema de proibir ou não o uso desses recursos no ambiente escolar. Segundo Silva, essa proibição vai contra uma série de fatores, como a própria vivência do aluno no seu cotidiano.

“A escola que tenta banir isso cria um abismo entre ela e o estudante. Atualmente, no meio educacional, valoriza-se muito a aprendizagem a partir da realidade do aluno, de modo a tornar o conhecimento mais significativo”, afirma o assessor. Outro ponto importante, de acordo com ele, é que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) prevê o uso da tecnologia no processo de ensino e aprendizagem.

Para Silva, por outro lado, as escolas que caminham no sentido de permitir o uso das mídias sociais no processo educativo precisam ter bem claro quais são seus objetivos para alunos e professores, bem como estabelecer critérios e momentos para utilização.

“Em relação aos docentes, é necessário ainda capacitação, até porque muitos não estão conectados às redes sociais da mesma maneira que os alunos. Também é preciso encontrar caminhos para que a utilização das mídias digitais facilite o trabalho do próprio educador, dinamizando as aulas e tornando os conteúdos mais atrativos.”

Nesse processo, uma alternativa para a escola é buscar a família como aliada, tanto para a conscientização dos alunos sobre a forma de utilização, como para mostrar que o uso dessas ferramentas pode tornar a aprendizagem mais significativa. Outro passo é acompanhar canais que facilitem o aprendizado.

O Sistema Anglo de Ensino, por exemplo, oferece conteúdos em suas redes sociais voltadas para toda a comunidade escolar. Nesses canais é possível adquirir não só conhecimento, mas também dicas e informações úteis para o dia a dia.

Professores e coordenadores podem acessar o Facebook para se manterem atualizados sobre assuntos relacionados à educação e à sua formação. Qualquer profissional de educação e gestores que desejam aprimorar seu conhecimento e acompanhar as principais discussões sobre Educação podem usar o LinkedIn como fonte de conteúdo. Já pelo Instagram, estudantes obtêm dicas e informações sobre os principais vestibulares do país.

Ao usar as redes sociais, sobretudo com fins educativos, é fundamental que alguns cuidados sejam tomados. “Professores e alunos devem ter consciência da exposição, não confundir assuntos da escola com a vida particular e preservar suas imagens. É importante, ainda, conhecer cada rede social, que tem características próprias, para utilizá-la da melhor forma”, orienta o assessor.

Como exemplos de utilização, Silva cita o agendamento de eventos, a elaboração de páginas de notícias que envolvam fatos da escola, como eventos culturais e científicos, o compartilhamento de conteúdos relacionados às aulas e a criação de fóruns de discussão. “Também podem ser veiculadas produções dos próprios alunos, como textos, vídeos e imagens. Isso contribui para dar mais protagonismo para o estudante no processo de ensino e aprendizagem, algo bem marcado na BNCC”.

3 comments

  1. Qual idade devemos liberar a criança/adolescente a criar a sua própria conta nas redes sociais. Aqui com 11 anos. Estou segurando pq n acho que tenha maturidade. Muitas amigas que já estão conectadas e vimos juntas elas postarem muitas coisas inapropriadas….

  2. Como faço para entrar no plural meus filhos estão no quinto ano.

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