Assim como a pandemia se alastrou, as notícias falsas sobre a doença também se proliferaram; confira uma lista de fontes confiáveis para se informar com segurança
No dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que a doença provocada pelo novo coronavírus (COVID-19) já pode ser considerada uma pandemia. O termo é usado em situações em que a transmissão da infecção ocorre em todos os continentes de modo simultâneo, atingindo um grande número de pessoas.
Desde 31 de dezembro de 2019, quando a China relatou os primeiros casos da epidemia à OMS, até 20 de março de 2020, a doença já tinha alcançado 169 países, afetando mais de 209 mil pessoas e causando 8,7 mil óbitos. No Brasil, tinham sido confirmados 621 casos e 6 mortes, segundo o Ministério da Saúde.
Para combater a escalada do surto, alguns países fecharam suas fronteiras e decretaram quarentena obrigatória, impedindo a circulação de pessoas, o que provocou grande impacto na economia e na vida social dessas nações. A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) informa que cerca de 850 milhões de crianças e jovens — o que representa metade dos alunos do planeta — estão sem frequentar a escola devido à COVID-19.
Da mesma maneira como a escalada do surto aconteceu muito rapidamente, as notícias falsas sobre a doença também se multiplicaram de forma veloz. Impulsionadas, sobretudo, pela internet e mídias sociais, as chamadas fake news prejudicam a batalha contra o novo coronavírus. Ter acesso a informações corretas e seguir as orientações dos órgãos competentes da área da saúde são atitudes essenciais para vencer esse desafio.
A seguir, uma seleção das principais dicas de saúde e informações a respeito do novo coronavírus, tendo como fontes órgãos oficiais, como a OMS, o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz. E, ao fim dos dados, uma lista de fontes confiáveis que podem ser consultadas com segurança.
O que é coronavírus
É uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus, descoberto em 31/12/19, provoca a doença chamada de coronavírus COVID-19. Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. Mas foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
Incubação e transmissão
O período médio de incubação (tempo que leva para os sintomas aparecerem desde a infecção) é de 5 a 7 dias, mas pode variar de 1 a 12 dias. A transmissão ocorre principalmente de pessoa para pessoa, por meio de gotículas de saliva, espirro e tosse e contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão. A disseminação acontece, ainda, por meio de superfícies e objetos contaminados, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Prevenção
Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos ou usar álcool em gel para desinfetá-las. Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas. Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência. Ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com o antebraço ou lenço de papel, descartá-lo no lixo e lavar as mãos.
Sintomas
O vírus pode causar sintomas leves e semelhantes aos da gripe ou mais severos. Os pacientes costumam ter febre (83% a 98% dos casos), tosse (68%) e falta de ar (19% a 35%). Alguns podem ter dores, congestão nasal, corrimento nasal, dor de garganta ou diarreia. Há pessoas infectadas que não apresentam sintomas, mas podem transmitir o vírus.
Grupos de risco
Cerca de 80% dos casos têm a forma leve da doença, 14% progridem para doença grave e 5% são críticos. Pessoas idosas e com condições de saúde pré-existentes (como pressão alta, problemas cardíacos, problemas pulmonares, câncer ou diabetes) têm mais chances de desenvolver doenças mais graves, como pneumonia e insuficiência respiratório aguda.
Tratamento
Até o momento, não há vacina nem medicamento antiviral específico para prevenir ou tratar a COVID-2019. As pessoas infectadas podem fazer uso de medicamento para dor e febre (analgésicos e antitérmicos) para aliviar os sintomas. Pessoas com febre, tosse e dificuldade para respirar devem procurar atendimento médico.
Utilização de máscaras
Pessoas sem sintomas respiratórios, como tosse, não precisam usar máscara médica. A OMS recomenda o uso de máscaras para pessoas com sintomas de COVID-19 e para aqueles que cuidam de indivíduos com sintomas, como tosse e febre.
Isolamento domiciliar
Segundo os especialistas em saúde, permanecer em casa, evitando o contato com outras pessoas é importante para reduzir a velocidade com que o vírus se espalha. Isso porque se muita gente ficar doente ao mesmo tempo, hospitais e UTIs ficarão sem vagas para quem mais precisa.
*As orientações podem mudar conforme avançam as informações sobre a doença (texto elaborado em 20/3/20)
Onde se informar com segurança:
- Organização Mundial da Saúde (OMS): números da pandemia e notícias
https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019 (em inglês)
- Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS): informações gerais e perguntas e respostas
- ONU News: últimas notícias da ONU e OMS sobre a pandemia
- Ministério da Saúde: aplicativo com informações e lista de notícias falsas
https://apps.apple.com/br/app/coronav%C3%ADrus-sus/id1408008382
https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.datasus.guardioes&hl=pt_BR
- Número de Whatsapp para combater fake news: (61) 99289-4640.
- Agência Nacional de Vigilância Sanitária: orientações em vídeos e imagens
http://portal.anvisa.gov.br/coronavirus/audiovisual
- Fundação Oswaldo Cruz: cards para compartilhar e esclarecimento de boatos
https://portal.fiocruz.br/coronavirus-covid-19-material-para-download
- Hospital Sírio-Libanês: cartilha
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/coronavirus/Documents/infografico-covid.pdf
- Hospital Israelita Albert Einstein: perguntas e respostas
Obrigada pela ajuda na lista de contatos confiáveis para busca de notícias sobre o Coronavírus!