Uso de plataformas como Facebook, Instagram e YouTube contribui para a troca de informações num mundo onde a construção coletiva de conhecimentos é essencial

Atualmente, apesar do enorme alcance e influência das redes sociais, o principal canal de comunicação das escolas, muitas vezes, continua exclusivamente ancorado em suas páginas oficiais, como os websites. “Essa plataforma é muito válida, porém, sendo estática, não permite a interação, num mundo onde a construção conjunta de conhecimentos é fundamental. Daí a importância da adoção desses novos formatos, como WhatsApp, Facebook, Instagram, blogs, wikis, Twitter e YouTube”, diz Guido Parminondi, assessor pedagógico do Sistema Anglo de Ensino.

De acordo com ele, essas ferramentas são excelentes para divulgar as ações pedagógicas da escola, uma espécie de prestação de contas à família e como estratégia de marketing, mas não podem se resumir a essas funções. O Facebook, por exemplo, pode ser utilizado como ferramenta didática em aulas, à medida que permite que os assuntos sejam debatidos pelos alunos em uma espécie de fórum informal, com a mediação do professor. O Twitter possibilita aos docentes um feedback instantâneo das aulas.

Para o assessor, a produção de vídeos para canais do YouTube, com toda a mobilização de habilidades e competências que tal prática exige, deve integrar o planejamento dos professores. “Para exemplificar a importância dessas novas linguagens, temos a prova de redação da Unicamp de 2020, em que uma de suas propostas era a produção de um texto voltado para a plataforma podcast. A elaboração de blogs é outra prática possível e que deve fazer parte da formação dos alunos do século 21”, afirma.

Como o uso dessas ferramentas exige muita cautela, já que a instituição fica exposta aos olhares externos, alguns cuidados devem ser tomados. Segundo Parminondi, o planejamento das aulas e atividades é o cerne de uma boa presença nas redes. Por isso, coordenação pedagógica e professores devem escolher de antemão o que deve merecer divulgação e destaque. A produção de material escrito, como blogs, wikis, apresentações e fóruns exigem muita atenção dos professores e coordenadores. “É um momento em que o menos é mais. Não há necessidade de muitos trabalhos voltados para a utilização desses recursos, mas sim que tenham qualidade”.

Parminondi lembra que um detalhe que muitas vezes passa despercebido pelas escolas é a importância de veicular fotografias de qualidade, com bom padrão técnico. “Uma alternativa seria ter um profissional exclusivamente dedicado à produção de conteúdo e de imagens e para as redes sociais”, observa.

Outro aspecto importante, segundo ele, é considerar que todos os alunos merecem destaque nas veiculações da escola. Ele sugere usar uma planilha para garantir que todos apareçam em igual número de atividades e lembra, ainda, da importância da aparência dos estudantes. Se o uso de uniforme é obrigatório na escola, todos os alunos devem estar com ele.

Parminondi sugere, ainda, a criação de um aplicativo para a escola, para facilitar a comunicação, com a garantia de que a mensagem enviada seja visualizada.

“A escola pode continuar com a comunicação vertical via website, para divulgação de informações gerais sobre a instituição, e aproveitar mais a potencialidade das mídias sociais para uma comunicação horizontal, baseada na troca de informações e maior dinamismo”, finaliza o educador.