Escola e família devem incentivar o uso de recursos das plataformas digitais de aprendizagem e atividades extras, que permitem autonomia nos estudos e aprofundamento dos saberes
A construção do conhecimento vai muito além do processo de ensino e aprendizagem que acontece na sala de aula. Ela está relacionada à capacidade do aluno em conseguir estudar por conta própria, buscar novas informações e se apropriar do saber. Nesse percurso, o uso de materiais complementares e recursos extras de plataformas digitais de aprendizagem são importantes ferramentas, que devem ser incentivadas pelas famílias e escolas.
“Quando o aluno vai para a escola, ele tem a apresentação de conteúdos. O estudo mesmo acontece em casa, mas, muitas vezes, a criança ou o adolescente não sabe direito como tem que estudar”, afirma Lilian Vieira, assessora pedagógica do Sistema Anglo.
De acordo com ela, para o aluno se tornar um “aluno estudante”, o primeiro passo é estabelecer uma rotina de estudo, o que significa reservar determinado horário para isso e contar com a colaboração da família para ter um ambiente tranquilo e adequado. A assessora também destaca que fazer tarefa de casa não é estudo, o que demanda elaborar um cronograma do que será visto a cada dia da semana, ler, fazer anotações, formular dúvidas e buscar ajuda do professor ou mesmo na própria plataforma digital de aprendizagem.
“Na plataforma Plurall, do Sistema Anglo, por exemplo, o aluno conta com inúmeras possibilidades de ampliar o conhecimento. Ele tem todo o conteúdo online, além das tarefas mínimas e complementares. Se não conseguir resolver um exercício, ele pode ver uma videoaula ou um conteúdo que remeta para aquele assunto, para que possa tentar novamente”, explica a assessora. Também há outros recursos para auxiliar o estudo, como o plantão de dúvidas, que disponibiliza uma equipe de professores de segunda a domingo. “O aluno pode fotografar o exercício, e o professor vai dizer onde ele está errando. Ou verificar se alguém já postou uma dúvida semelhante, que virá com a resolução e a explicação.”
Segundo Lilian, essas ferramentas digitais já vinham fazendo diferença na vida dos estudantes e, agora, com as aulas online devido à pandemia no novo coronavírus, elas ganham ainda mais relevância. No entanto, um dos maiores desafios tem sido fazer a grande massa de alunos aderir a esses recursos, e aí entra também o papel dos pais. “A família tem que estar presente. Não para sentar com o filho para estudar, mas demonstrar interesse, saber o que está acontecendo, se ele está fazendo as tarefas e, de vez em quando, pedir para olhar o caderno ou ver a plataforma digital e os seus recursos”.
Para a assessora, professores e família têm a grande missão de fazer com que o aluno descubra que o conhecimento é ilimitado e de incentivá-lo a criar essa bagagem, que será um grande diferencial na sua vida. “Quem leu mais livros, viu mais filmes e foi buscar mais conhecimentos consegue desenvolver uma capacidade maior de articulação e vai estar mais bem preparado. Quem tem autonomia para buscar o conhecimento se destacará sempre em relação aos outros.”