Quarentena é bom momento para conhecer a história familiar

Professor pode propor a construção de uma árvore genealógica aos alunos, com o envolvimento das famílias; trabalho com a temática está previsto na BNCC

Esses tempos de pandemia, com as crianças em casa participando de aulas digitais, sem poder socializar com os amigos e parentes, são uma boa oportunidade para elas conhecerem as origens e história de seus familiares. Os professores podem propor aos alunos, com o envolvimento das famílias, a construção de uma árvore genealógica.

“Ela pode despertar o interesse dos alunos, trazer conhecimentos a todos e promover a descoberta — ou o resgate — das origens da família, tendo em vista que nossas raízes são muito importantes, pois nos conectam ao mundo e dão sentido ao que realmente somos”, diz Guido Parminondi, assessor pedagógico do Sistema Anglo.

De acordo com ele, essa atividade ganha ainda mais relevância atualmente, quando as conversas e histórias reais perdem cada vez mais espaço para as virtuais e para jogos mediados por tecnologias. Ele também menciona que trabalhar a história familiar dos alunos é uma das habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), especialmente para as séries iniciais do Ensino Fundamental (EF).

O assessor explica que no material do Sistema Anglo há orientações para a construção de árvores genealógicas, mas que é preciso atentar à faixa etária dos alunos. Também merecem atenção os aspectos específicos que devem aparecer no roteiro de execução, como origem geográfica dos antepassados mais remotos e dos seus sobrenomes; cidades onde nasceram, cresceram e casaram cada membro da família; e locais e datas de nascimento e óbito. Podem ser realizadas entrevistas com os parentes por meio digital para a coleta dos dados. Ele também recomenda a digitalização das fotos impressas da família.

Parminondi sugere que a árvore genealógica seja desenvolvida no formato powerpoint e compartilhada com todos os familiares. Para os alunos mais novos, especialmente de Educação Infantil e 1º e 2º anos do EF, ele recomenda que o estudo sobre os antepassados chegue até os bisavós. “Para as crianças dessa idade, mexer nas gavetas e baús, encontrar fotos impressas antigas e conversar com tios e avós vai completar o prazer de desenvolver essa atividade”.

Parminondi ressalta que essa proposta não, necessariamente, precisa ser escolarizada. “Ela também pode ser indicada a pais e filhos como um exercício de descoberta e valorização dos vínculos familiares mais abrangentes, já que atinge outros polos familiares que, muitas vezes, estão distantes de nosso cotidiano.”

 

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