Pais e filhos: brincadeiras simples que as famílias podem fazer com as crianças em casa

Realizar atividades juntos e compartilhar vivências e experiências reforçam os laços afetivos e a proximidade entre as pessoas

Uma interação saudável com a família é fundamental para o desenvolvimento da criança. Brincadeiras simples, que podem ser feita em casa e não exigem grandes produções, são boas oportunidades para pais e filhos estarem juntos e estreitarem os laços. Mariângela Petrosino, assessora pedagógica do Sistema Anglo, sugere algumas dessas atividades.

Usar objetos do dia a dia e materiais recicláveis, como caixas de papelão, potinhos de iogurte, tampinhas e tubos de pasta de dente, pode ser o ponto de partida para a construção de carrinhos, casinhas, foguetes, naves espaciais e o que mais as crianças quiserem. “Elas é que vão determinar o que desejam fazer, e o adulto deve respeitar essas escolhas”, diz a assessora.

Esses mesmo tipo de material também pode dar origem a uma cidade em miniatura. “Com a proximidade do Natal, uma ideia é usar aqueles fios de luzinhas pisca pisca para enfeitá-la. Também é possível construir um presépio. Se a criança tem irmãos, eles podem brincar juntos, um ensinando o outro e também dividindo parte das tarefas de acordo com a idade e habilidades. Depois, eles podem escolher um nome para a cidade.”

Para quem mora próximo de um parque, praça ou em uma casa com jardim, fazer uma “expedição” para juntar diferentes tipos de folhas, gravetos e pedrinhas pode ser uma boa alternativa. Depois de organizar esses elementos — o que também trabalha noções de matemática, como formas e tamanhos, e de ciências, ao entrar em contato com os recursos da natureza — é possível criar objetos de decoração, como uma mandala com folhas ou até pequenos brinquedos.

No próprio percurso para coletar esses materiais, algumas brincadeiras podem surgir, como o esconde-esconde. Na volta, os pais podem propor algum desafio — por exemplo, compor uma flor com pedrinhas. “Aí o importante é eles valorizarem esse trabalho da criança, expondo-o na sala”, aconselha Mariângela. “Nessa mesma linha, reunir sementes de frutas e legumes, como abóbora, laranja e melancia, e depois separá-las por tamanho e cor, também permite montar colares e mandadas e até fazer uma colagem artística.”

Fazer uma cabaninha na sala com lençol é outra possibilidade. “Dá para incrementar esse ‘acampamento’ e incluir um piquenique e até mesmo o som de grilos — é possível encontrar esses efeitos no Spotify e YouTube”, lembra a assessora. Apresentar brincadeiras da infância dos pais — como fazer e empinar uma pipa — também vai agradar as crianças. Se for preciso relembrar algo, há tutoriais na internet para ajudar.

Se a família estiver no litoral, brincar na areia e na praia sempre é uma boa diversão. Em um sítio, se for possível acender uma fogueira, é interessante observar as formas que o fogo adquire. “O fogo atrai as emoções humanas. E, tomando todos os cuidados, é bom porque também desmistifica o medo que, em geral, as pessoas têm. A mesma brincadeira de imaginar figuras e objetos também pode ser feita ao se observar as nuvens do céu.”

Brincar de imitar as pessoas da casa, familiares ou artistas, ilustrar histórias ou os próprios sonhos (ou pesadelos) em lousa ou no papel são outras sugestões. “O aprendizado na infância, e durante toda a nossa vida, é intensificado pelas experiências que vivemos: correr, jogar, cantar, rir, imaginar situações, visitar novos locais, andar na chuva, andar descalço na lama etc. São coisas simples, mas que trabalham o complexo desenvolvimento infantil e ficam para o resto da vida”.

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