Como os pais podem ajudar a criança com dificuldade em se socializar na escola?

Família deve estar atenta ao comportamento do filho ou filha e incentivar interações em diversos ambientes; trocar informações com a instituição de ensino também é fundamental

A socialização com os colegas de sala é um processo importante para o desenvolvimento das crianças. Alguns alunos, no entanto, apresentam dificuldades para interagir com os pares, e os pais podem contribuir para ajudá-los a superar essas inseguranças.

“A socialização é necessária porque a criança só aprende na interação com o outro. E o ambiente escolar é um cenário vivo de interações, de trocas de ideias e de convivência de valores e interesses diferentes. É nesse contexto que a socialização acontece, e nós intervimos para que haja a interação em sua totalidade, sempre respeitando as diferenças”, diz Luciana Nunes da Silva, assessora pedagógica do Sistema Anglo.

Se a criança apresenta alguma dificuldade nesse processo, o incentivo dos pais é fundamental para que ela possa superar esses obstáculos. “A criança aprende muito com os exemplos. A partir do momento em que ela vê os pais se relacionando com outras pessoas, tendo amizade com outras famílias, ela também vai criar métodos interiores para ir atrás dessa socialização. Os pais devem incentivar esse comportamento e levá-la a ambientes externos e parques, para que conheçam outras crianças, sempre com os cuidados necessários.”

A família também deve estar atenta ao comportamento do filho ou filha nesses espaços, observando, por exemplo, como ela se relaciona com outras crianças e como responde ao ser solicitada a participar de algo. A troca dessas informações com a escola também é essencial.

Já a escola deve ter sempre esse olhar para o convívio entre as crianças, observá-las nos diferentes espaços, na sala de aula, nas atividades, nos jogos e nas brincadeiras e, principalmente, nos momentos de parque. “Se mesmo nesse ambiente que, em geral, elas ficam mais solta e à vontade, a criança ficar retraída, ela deve ser convidada a fazer parte do grupo, mas sem nunca constrangê-la ou inibi-la.”

Segundo a assessora, se houver repetição desse padrão, a escola deve conversar com todos os professores, tanto os de sala quanto os de atividades como educação física, música ou dança, para ter essas diferentes percepções. “Todos conversando conseguem chegar a um denominador comum e identificar se é alguma coisa pontual e esporádica, de uma área, disciplina ou momento, ou algo mais frequente que precisa de mais atenção e, eventualmente, uma ajuda multidisciplinar de um psicólogo ou psicopedagogo.”

Luciana também aponta que toda a vida escolar da criança deve ser registrada em relatórios detalhados. “O poder da escuta e o acompanhamento de perto ajudam a avaliar cada situação para dar continuidade às nossas práticas e atender melhor às necessidades dessa criança.”

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