Alunos devem conhecer seus pontos fortes e fracos, suas preferências e habilidades e identificar o melhor método de aprendizagem para o seu perfil
O autoconhecimento, em geral, é mais associado ao desenvolvimento emocional, mas se conhecer também é fundamental para aprimorar a capacidade de estudo e aprendizagem. “Também é preciso compreender que não existe uma regra ou receita para ter um bom desempenho nos estudos, pois isso se conquista gradualmente e é muito pessoal”, diz a psicóloga Silvia Hasse, do Serviço de Atendimento Psicológico (SAP) do Curso Anglo.
De acordo com ela, o estudante deve constantemente avaliar o próprio estudo, observar como lida com a rotina e, eventualmente, testar mudanças para ver como reage. “É importante ainda identificar se está com alguma dificuldade específica — seja de memorização, atenção, concentração ou compreensão do conteúdo, entre outras — para refletir sobre os motivos para tal dificuldade e buscar melhores práticas.”
Questionamentos sobre o tempo que consegue se manter conectado, se as horas de sono estão adequadas e se o local onde estuda favorece a aprendizagem são outras perguntas importantes relativas ao estudo individual e às características pessoais que o estudante deve se fazer.
Segundo a psicóloga, para entender melhor suas próprias habilidades e preferências, o estudante precisa, primeiramente, conhecer seus próprios pontos fortes e fracos. “Se ele tem mais dificuldade na área de exatas, seria recomendável dedicar mais tempo para essas disciplinas. Mas muitos estudantes favorecem o estudo das matérias de que mais gostam, que coincidem com as que têm mais facilidade. Desta forma, é preciso priorizar as outras áreas para se desenvolver mais”. Ela lembra que para uma rotina de estudos mais produtiva recomenda-se que o estudante intercale disciplinas de exatas e de humanas, deixando as dificuldades para o período do dia em que tiver melhor rendimento.
Outro aspecto importante que ela aponta é identificar o método de estudo que pode ser mais eficiente para cada perfil: resolução de exercícios, leitura, elaboração de resumos e fichamentos e uso de aplicativos que dinamizam os estudos. E, por fim, cabe observar também como se dá o aprendizado: há estudantes que possuem memória auditiva e têm ótimo aproveitamento assistindo aulas, enquanto outros possuem memória visual e necessitam de um material teórico de apoio, com imagens e cores que facilitem o aprendizado.
“Como cada estudante tem um ritmo de estudo, também terá maior ou menor facilidade de aprendizado, além dos fatores emocionais que interferem nesse processo, como motivação, pressão e suporte familiar”, observa. “É importante não se comparar com colegas e focar no que pode desenvolver em si mesmo, considerando suas características”.