Professores precisam estar atentos à forma como apresentam as provas e dão as devolutivas; famílias podem reforçar a importância de estudar com regularidade
A realização de uma prova na escola é, para muitos estudantes do ensino fundamental II, um momento de grande tensão. Uma relação mais saudável com as avaliações vai depender de como a escola, os pais e os professores encaminham essa questão, o que pode influenciar positivamente toda a trajetória escolar e acadêmica desses alunos.
“É preciso ter em mente também a faixa etária da turma e o fato de ainda estarem se acostumando com o processo avaliativo, especialmente se forem turmas do 6º ano”, afirma Diego E. Campos Oliveira, autor de geografia do Sistema Anglo.
Ele diz que, na escola, o professor deve estar atento à forma como o processo de avaliação é apresentado e também aos cuidados no momento de dar a devolutiva, ou seja, ao informar a nota aos alunos. “A prova deve ser tratada como parte de um processo de avaliação contínua, um momento diferente de aprendizado, além das tarefas e dos trabalhos que o aluno já costuma realizar em sala ou em casa”.
Uma estratégia bastante eficaz, segundo Oliveira, é o diálogo entre professor e alunos, deixando claro que na prova serão cobrados conteúdos, competências e habilidades que eles já conhecem e que foram vistos ao longo das aulas. Outra sugestão é fazer a leitura da prova de forma coletiva, esclarecendo possíveis dúvidas antes do início da aplicação.
Em casa, os pais podem ajudar os filhos a controlar a ansiedade acompanhando os estudos e os auxiliando a estabelecer uma rotina diária, em local adequado, tranquilo e bem iluminado, de modo a evitar forçar a vista ou ter dores no corpo.
“A família deve mostrar que estudar com regularidade favorece o registro daquilo que se está aprendendo, permitindo ter tempo para a associação com outras ideias que facilitam a compreensão. O processo de aprendizagem é prejudicado quando se estuda de véspera”, observa o autor. Outras recomendações que ele faz são manter uma alimentação equilibrada, realizar exercícios físicos com regularidade e dormir bem.
“Embora a tensão e a ansiedade, a princípio, não tenham causa ou motivo aparentes, é importante observar o comportamento do estudante e, se os sintomas forem frequentes, recomenda-se procurar acompanhamento psicológico”, orienta o autor.