Caminhos de aprendizagem: experimentação e conexão

Ensinar não é uma tarefa fácil. Exige disposição, aprendizagem constante e conexão com os alunos. As dinâmicas de aprendizado têm passado por muitas transformações e alguns educadores e gestores podem ficar perdidos diante delas. Os caminhos para aprendizagem são muitos e a grande vantagem disso é que diante de perfis de alunos tão diversos, experimentar novas metodologias de ensino aumenta as chances de sucesso de uma turma. 

Assim, confira neste artigo as principais metodologias ativas e os caminhos para uma aprendizagem com conexão e experimentação. Confira! 

Caminhos para aprendizagem e as metodologias ativas 

As escolas vêm explorando há muito tempo os modelos de aula expositivas. Aqui, o professor é o único responsável por conduzir a aula e os alunos desempenham um papel passivo em seu processo de ensino-aprendizagem. Desse modo, é muito difícil manter os alunos motivados e engajados e, na maioria das vezes, os estudantes enxergam o conhecimento como algo a ser decorado para as avaliações. Esse pensamento é extremamente problemático e um desafio enfrentado há anos pelos educadores é que os alunos compreendam o significado do que é aprendido em sala e a aplicabilidade dos conhecimentos no dia a dia.  

A metodologias ativas são uma forma de modificar a forma com que o conhecimento é ofertado, aumentando o engajamento dos alunos. Elas consistem na mudança de paradigma do aprendizado e da relação aluno-professor/aluno-conhecimento. Nesse modelo, o aluno se transforma no protagonista no seu processo de ensino e assume um papel mais ativo, onde o professor é um orientador, uma figura importante na construção do conhecimento.  

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem como um de seus princípios o incentivo ao protagonismo dos discentes. Assim, as metodologias ativas são um meio de proporcionar aos estudantes caminhos para que eles consigam guiar o seu desenvolvimento educacional. Um dos precursores dos estudos sobre as metodologias ativas foi William Glasser e sua pirâmide de aprendizagem.  

A pirâmide de aprendizagem 

Desenvolvida por William Glasser, um psiquiatra norte-americano, a pirâmide de aprendizagem trouxe à educação uma nova maneira de aprender. De acordo com Glasser, se os estudantes forem expostos a metodologias ativas, seria possível desenvolver melhor suas habilidades e conhecimentos. A partir disso, ele estabeleceu um gráfico em forma de pirâmide – a pirâmide de aprendizagem: 

  • No topo da pirâmide temos a premissa de que a leitura, representa 10% da aprendizagem; 
  • Seguimos com o conceito de que ouvindo o conteúdo aprendemos 20%; 
  • Assistir a uma vídeoaula temos 30% da aprendizagem; 
  • Escutando e vendo ao mesmo tempo: 50%; 
  • Discussão sobre determinado tema: 70% 
  • Quando se pratica exercícios de fixação: 80%; 
  • Na base da pirâmide temos: ao ensinar determinado conteúdo a alguém: 95%. 

Normalmente, os métodos mais utilizados na educação brasileira estão no topo da pirâmide, correspondendo a uma porcentagem mínima de aprendizagem. Assim, é mais eficiente quando o aluno assume o lugar de protagonista em seu processo de aprendizagem. Mas afinal, como as metodologias ativas podem ser aplicadas em sala de aula? 

Tipos de metodologias ativas 

As metodologias ativas podem ser aplicadas no processo educacional de diversas maneiras. Para isso, a experimentação pode ser a melhor opção, compreendendo os recursos da escola e se conectando às demandas e necessidades dos alunos

Sala de aula invertida 

Essa é a metodologia ativa mais utilizada e vem apresentando bons resultados.  Ela procura fazer do aluno o ator principal de sua trilha de aprendizagem. A sala de aula invertida consiste no professor indicar conteúdos que devem ser estudados pelos discentes previamente, em casa. O ideal aqui é que esses conteúdos extrapolem os materiais didáticos.  

Em um terceiro momento os alunos devem levar o conteúdo aprendido para a sala de aula e sanar possíveis dúvidas que podem ter surgido. Ao professor cabe instigar a turma a analisar com um olhar crítico o conteúdo e sanar as questões que podem surgir. Esse método reforça o protagonismo dos estudantes e incentiva a sua autonomia.  

Ensino Híbrido 

O ensino híbrido também é considerado uma metodologia ativa. Ele consiste na união do ensino presencial com aquele à distância (EAD). Ele busca unir de maneira equilibrada a educação tradicional e as tecnologias educacionais. Essa união incentiva os discentes a serem mais ativos em seu processo de ensino-aprendizagem, além de aproximar a escola da realidade digital desses jovens nascidos no século XXI.  

A tecnologia já está presente no dia a dia dos jovens e pode facilitar o contato do aluno com o conhecimento. Ela permite a busca por novas fontes e dados, além de integrar funcionalidades que vão além do material didático. Imagine uma aula de geografia, por exemplo, onde gráficos e mapas estão muito presentes. Agora pense em como o processo de aprendizagem seria ampliado se esses gráficos fossem animados?  

O ensino híbrido também é uma maneira de complementar o que foi dito em sala de aula e incentivar nos alunos uma rotina de estudos. O Plurall, por exemplo, permite que os alunos tenham acesso a uma lista de exercícios completa, além de plantão de dúvidas 24 horas e material didático digital de onde o aluno estiver. Isso facilita o estudo em casa e aumenta as chances de melhorar o desempenho de uma turma.  

Gamificação 

A gamificação é uma metodologia ativa que busca trazer a experiência dos jogos para a sala de aula. O ponto principal é estimular entre os alunos uma competição saudável. Nela, é possível sugerir jogos interativos que se relacionem com os temas das aulas. 

Seminários e debates 

Promover seminários e debates também é uma maneira interessante de implementar as metodologias ativas em sala de aula. Mudar a disposição das cadeiras é um jeito interessante de estimular a participação dos jovens.  

Além disso, como mostra a pirâmide de aprendizagem, os estudantes aprendem bastante com a troca de conhecimento entre seus pares. Então estimule a discussão sobre os assuntos tratados em aula e peça que eles se posicionem quanto a eles. Essa também é uma forma interessante e eficaz de desenvolver a argumentação da turma, habilidade fundamental no dia a dia e também em exames como o Enem, cujo texto dissertativo-argumentativo é utilizado para nota em redação. 

Experimentação em sala de aula 

As metodologias ativas são excelentes aliadas no processo de ensino-aprendizagem. Elas ajudam a desenvolver diversas habilidades e competências propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como argumentação, competição, a busca por resultados diante de desafios e muito mais. Contudo, não existe uma fórmula mágica para alcançar resultados. A melhor maneira de identificar qual a melhor metodologia para uma turma é por meio da experimentação.  

Assim, conheça bem os métodos e as necessidades de cada uma das turmas. Isso torna as intervenções pedagógicas ainda mais certeiras. Para te ajudar nesse processo, preparamos um Guia gratuito de metodologias ativas . Baixe já. 

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