Responsáveis devem reforçar que toda experiência pode trazer aprendizados e que um próximo ano de preparação não será idêntico ao que já foi vivido
Não passar no vestibular pode desencadear uma série de sentimentos negativos nos estudantes, como frustração e desmotivação. Afinal, foram meses de estudo e o jovem precisou abrir mão de diversos momentos de lazer almejando um bom desempenho.
Nesse contexto, os pais podem se sentir perdidos sobre como ajudar os filhos. Segundo Bárbara Souza, psicóloga do Serviço de Atendimento Psicológico do Curso Anglo (SAP), é importante aguardar a divulgação dos resultados, pois como o vestibular é uma avaliação comparativa, depende dos resultados de todos os candidatos inscritos para o mesmo curso.
Além disso, os pais podem analisar as possibilidades concretas do filho fazer um curso preparatório para vestibulares, pois esses cursos focam no aprendizado e treino de conteúdos e exercícios específicos para os vestibulares. Caso não seja possível fazer um curso pré-vestibular, Bárbara indica que sejam estudadas quais outras opções de formação o filho pode ter. A formação profissional almejada pelo filho (ou alguma próxima dela) pode ser obtida de que maneiras?
“É importante ponderar que o vestibular é uma etapa importante na trajetória estudantil, mas não define quem ele é, valorizando o processo para conquistar aquilo que o filho almeja, inclusive traçando planos para o próximo ano”, diz a especialista.
Outra orientação é estabelecer um diálogo compreensivo e acolhedor com o filho, tendo clareza de que o vestibular é só uma parte do processo de formação, pois muitas vezes o vestibulando pode superestimar a importância da prova e se desvalorizar, rebaixando sua autoestima.
Analisar os resultados comparativamente em relação a desempenhos anteriores do filho, ou seja, auxiliar a discriminar os ganhos que teve em conteúdos também pode ajudar. “Vale lembrar que toda experiência pode trazer aprendizados e que um próximo ano de preparação não será idêntico ao que já foi vivido, pois pode-se identificar com mais precisão aquilo que precisa ser aprendido e aprimorado”, completa Bárbara.
Por fim, a dica é avaliar quais caminhos o filho quer seguir: faz sentido prestar novamente? O curso será mantido? Caso os pais percebam dificuldades do filho em reagir à frustração e não conseguir traçar um novo planejamento, a orientação é buscar auxílio psicológico ou pedagógico.