É preciso identificar se o interesse está ligado apenas ao entretenimento ou se inclui a parte técnica
Hoje, a tecnologia aparece na vida das crianças e adolescentes diariamente. Os videogames, por exemplo, são cada vez mais populares e, até na escola, os estudantes aprendem a lidar com a computação.
O elemento também estará presente na vida adulta e, quanto antes for explorado, melhor. Alguns indivíduos da nova geração apresentam grande facilidade para utilizar a tecnologia, impressionando familiares e professores. Nesse sentido, pode surgir a ideia de que, mais tarde, eles explorem essa afinidade em uma profissão.
Os autores do Sistema Anglo Élcio Silveira e Carlos Marmo, que são formados em Engenharia, refletiram juntos sobre como identificar esse interesse pela tecnologia na adolescência. Eles também indicaram perguntas que os estudantes podem fazer a si mesmos, para perceber se, de fato, gostariam de seguir uma carreira relacionada à área.
Confira as respostas dos profissionais:
Como o interesse por tecnologia se manifesta na adolescência?
Acreditamos que é extremamente difícil haver uma criança ou adolescente que não se interesse por tecnologia, dado que tenha tido algum contato com ela. E isso também acontece com a maior parte dos adultos, independentemente da idade, origem social, etnia, etc. Uma prova disso é a quantidade de dinheiro que a maior parte das pessoas despende com equipamentos tecnológicos do dia a dia, como celulares, tablets e smartwatches.
Outra influência são as redes sociais, fazendo com que muitos adolescentes desejem se tornar influenciadores digitais, produzindo vídeos para as mais variadas plataformas existentes.
Uma observação importante: é preciso diferenciar quando o interesse por tecnologia está mais relacionado ao entretenimento ou ao aprendizado/exercício de uma profissão, sendo que essas coisas nem sempre implicam uma na outra. Por exemplo: um dos grandes sonhos de consumo das crianças e adolescentes são os notebooks gamers. Por isso, muitos chegam a imaginar que gostariam de ser desenvolvedores de jogos. No entanto, ainda que se possa conciliar as duas coisas, uma coisa é “jogar”, outra coisa é “programar” – uma coisa é “se divertir”, outra coisa é “trabalhar”!
Como o estudante pode identificar se, de fato, gostaria de trabalhar em uma carreira relacionada à tecnologia?
É preciso se imaginar trabalhando com aquilo e uma opção é procurar alguém que esteja com uma carreira consolidada na profissão de interesse, para pedir informações preciosas, tais como:
· Como foi que você descobriu que queria exercer essa profissão?
· Como foi sua trajetória?
· Como é o seu dia a dia?
· Quais são as coisas que você mais gosta na sua profissão?
· Quais são as coisas que você menos gosta na sua profissão?