Ter filmes nacionais em seu repertório pessoal para explorar na redação do vestibular pode ser um grande diferencial
Um assunto extremamente importante que pode ser cobrado nos vestibulares e que precisa fazer parte do conhecimento do cidadão brasileiro é a realidade socioeconômica do país. Nesse sentido, os filmes e documentários aparecem como ferramenta de auxílio para entender e retratar o cenário nacional.
O estudante preparado para os vestibulares pode fazer uso desse repertório para complementar a sua argumentação na redação. Em alguns exames, como o Enem, é indispensável citar um elemento externo, que não foi apresentado na coletânea, para atingir a nota máxima.
Pensando nisso, confira três obras com recortes relevantes sobre a realidade socioeconômica do Brasil, indicadas por Felipe Leal, autor do Sistema Anglo:
Ilha das Flores (1989), 15 min.
“Trata-se de um documentário curto que é um clássico no cinema brasileiro. O filme trata de questões sociais fortes, como a fome e a desigualdade, mas com uma abordagem bastante original, marcante e inteligente. O tema principal é a realidade do local que dá título ao curta, para onde é levado o lixo de Porto Alegre (RS), a partir de uma linha narrativa que parte da produção de tomates e chega à difícil realidade humana do lugar.”
Carandiru (2003), 2h 25min.
“Feito com base no livro ‘Estação Carandiru’, um grande sucesso do médico e escritor Drauzio Varella. O filme retrata uma das temáticas obrigatórias para se entender a realidade contemporânea do Brasil: a questão carcerária. A história parte do dia a dia no presídio do Carandiru, culminando com o histórico massacre cometido pela polícia no local. A proximidade com o relato real de Drauzio Varella e com relatos de prisioneiros aproxima a ficção de um retrato realista do que ocorreu.”
Que horas ela volta? (2015), 1h 52 min.
“O filme trata de uma questão central para entender o Brasil: o trabalho doméstico. Ele conta a história de Val, uma doméstica pernambucana que mora na casa dos patrões em São Paulo. Ela precisou deixar sua filha, Jéssica, na sua terra de origem. Quando Jéssica vai prestar o vestibular, vai para São Paulo e se hospeda na casa onde a mãe trabalha e mora. Isso leva a diversas situações de tensão, em que a desigualdade e a exploração convivem com ares de afeto e familiaridade, em meio a mudanças sociais do país.”