*Artigo de Robson Groto, autor do Sistema Anglo de Ensino
Na busca de conforto e bem-estar, nossa sociedade moderna depende cada vez mais de energia. Seja para a movimentação dos automóveis, para resfriar ambientes internos com ar-condicionado ou mesmo para preparar um cafezinho no fogão, ela é necessária.
Apesar dos grandes esforços e avanços para a utilização de fontes renováveis e menos poluidoras, ainda somos fortemente dependentes da energia proveniente dos combustíveis não renováveis como os derivados do petróleo.
A energia que tanto necessitamos é obtida por meio das reações de combustão desses derivados, processo químico que libera a energia necessária para a movimentação dos veículos ou para o aquecimento da água no fogão, mas que também produz substâncias gasosas que se dispersam para a atmosfera poluindo o ar e trazendo uma série de problemas ambientais.
Dentre os principais poluidores formados nesse tipo de reação, pode-se citar o gás carbônico (CO2) que é um dos principais vilões associados ao agravamento do efeito estufa no planeta, um fenômeno que faz com que a temperatura média da Terra aumente ao longo do tempo.
Os gráficos a seguir mostram, respectivamente, a concentração do CO2 na atmosfera (gráfico 1) e a Variação da Temperatura média do planeta ao longo do tempo (gráfico 2).
Gráfico 1
Gráfico 2
Outro tipo de poluição associada ao uso desses combustíveis não renováveis é a chuva ácida. Nesse processo, gases gerados na queima dos combustíveis fósseis como óxidos de enxofre e de nitrogênio reagem com a água da chuva produzindo os ácidos nítrico, nitroso, sulfúrico e sulfuroso de fórmulas químicas, respectivamente, HNO3, HNO2, H2SO4 e H2SO3. Esses ácidos, além de prejuízos econômicos causados pela corrosão de objetos na superfície, são a fonte de inúmeros problemas ambientais em solos e rios.
Todo esse processo de poluição atmosférica pode ser ainda amplificado nos períodos de inversão térmica, pois esses gases nocivos não conseguem se dispersar livremente devido ao fato de ficarem “aprisionados” em uma massa de ar frio próxima da superfície terrestre. Como esse ar frio é mais denso e se encontra próximo da superfície, ele não ascende para a parte superior da atmosfera e isso impede a dispersão dos poluentes ali presentes.
Nesse sentido, se mostra necessário que o poder público aliado à sociedade civil trabalhem juntos buscando alternativas energéticas renováveis para a melhoria da qualidade do ar. E, ao contrário do que se falava no final do século XX, toda essa preocupação não é apenas para a melhoria do futuro de nossos filhos ou netos, afinal, o problema já está acontecendo, basta abrir sua janela e olhar, mas se não quiser, tudo bem, o ar que respira do lado de dentro é o mesmo que está do lado de fora.