Especialistas explicam as medidas que podem ser tomadas para fazer a diferença no estudo dos alunos

À medida que os filhos crescem, fica cada vez mais difícil auxiliá-los no desenvolvimento escolar. Os problemas ficam mais complexos e nem sempre os pais têm todas as respostas. Pensando nisso, trouxemos algumas dicas e ideias de como ajudar os estudantes durante a escola e na preparação para o vestibular.

Samara Nabuco, psicóloga do Serviço de Atendimento Psicológico (SAP) do Curso Anglo, ressalta que o acompanhamento acadêmico por parte dos pais pode contribuir para a manutenção de bons resultados e a identificação de possíveis quedas no desempenho. Esse cuidado é essencial para indicar alguma questão subjacente que precise de maior atenção, além de auxiliar a percepção do estudante de si mesmo.

A especialista também afirma que a própria disposição em oferecer um apoio respeitoso pode ser vivenciada beneficamente pelos filhos. “Esse acompanhamento se torna ainda mais importante diante de mudanças significativas na vida do estudante, se está acontecendo uma mudança em alguma condição do ensino, por exemplo, ou na vida pessoal”, diz ela.

Diferentes fases, diferentes métodos

Priscila Wuó, psicóloga do colégio Anglo, enfatiza que os pais têm papel fundamental na educação e formação dos filhos, e por isso precisam ser o suporte nas questões referentes à escola. A cada grau de desenvolvimento, o acompanhamento deve ser levado de formas distintas. Confira as diferenças apontadas pela psicóloga:

• No Fundamental I, os pais precisam ter participação ativa ao auxiliar os alunos nas lições da casa e no estudo para as provas, bem como acompanhar as datas de entrega dos trabalhos.
• No Fundamental II, os responsáveis podem imprimir o calendário de provas e lembrá-los das entregas das atividades, mas devem deixar os filhos estudarem sozinhos.
• No Ensino Médio, é importante o acompanhamento das notas e boletins, a fim de perceber se o estudante está passando por alguma dificuldade e entender os motivos disso.

“Se os pais fazem esse acompanhamento constante, por meio de conversas, por exemplo, conseguem identificar em quais matérias eles têm mais dificuldade e em quais apresentam uma maior facilidade”, afirma Priscila. Ela diz que, uma vez identificadas as dificuldades, é possível utilizar os recursos de apoio da escola, como plantão de dúvidas e orientações.

O acompanhamento emocional

Além da questão escolar, o apoio psicológico aos estudantes é uma parte importante do processo de estudo. Afinal, o despreparo emocional em provas pode ser tão prejudicial quanto a falta de estudo, visto que o aluno pode ter dificuldades em aguentar todo o tempo do exame com a mesma atenção.

Samara Nabuco aponta que momentos de convívio de qualidade com a família podem ser potenciadores ao fortalecer vínculos, confiança para trocas e conversas. “É importante inclusive que o acompanhamento com filhos seja respeitoso, para não se tornar uma pressão, principalmente em épocas por si só mais exigentes, como época de provas e de preparação para vestibulares”, afirma a especialista.