Expressar-se de forma clara e concisa e ter empatia e escuta ativa contribuem para o sucesso acadêmico e profissional
As habilidades de comunicação interpessoal – que permitem interagir e se comunicar de modo eficaz com as pessoas – começam a ser desenvolvidas desde os primeiros anos de vida. No ambiente escolar e acadêmico, elas têm início nas interações com os colegas de sala para o uso de brinquedos e se estendem até a apresentação de trabalhos mais longos, como o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e monografias ao fim da graduação.
“O que muda nessas interações são os contextos específicos dessas comunicações, que exigem a necessidade de adaptações em relação ao objetivo e ao público-alvo”, explica Renata Romero, professora de redação do Anglo Vestibulares.
Comunicação interpessoal no mercado de trabalho
No ambiente de trabalho existem diferentes formas de interação, e saber se adaptar a elas demonstra tanto desenvolvimento profissional quanto crescimento pessoal. “O mercado de trabalho valoriza funcionários com participação ativa nas discussões, que contribuem com ideias e contrapontos”, diz a professora.
Também é valorizada a habilidade de organizar o conteúdo e a forma de se comunicar, incluindo a dicção, as pausas e as diferentes entonações, entre outros aspectos. Esses elementos facilitam a compreensão do que é dito e ajudam a transmitir a mensagem de maneira mais clara e envolvente para o público-alvo.
Outros elementos se mostram fundamentais para compor as habilidades comunicativas. No caso da comunicação não verbal, estamos falando de interação a partir de contatos visuais, gestos e expressões faciais.
Comunicação interpessoal: estratégias e práticas
Segundo Renata, a melhor forma de aprimorar essas habilidades é consumir ativamente conteúdos pensando na sua função comunicativa. Por exemplo, ao assistir uma palestra, questionar-se quais os pontos fundamentais que o interlocutor usa para prender a atenção do ouvinte e se há gestos, ênfases e pausas para facilitar o processo.
Na prática, é importante lidar com diferentes situações (formais e informais) e pessoas. “Para quem quer melhorar ainda mais a comunicação é interessante treinar o improviso: as aulas de teatro podem auxiliar nessa agilidade comunicativa”, sugere.
A escuta ativa, a expressão clara de ideias e habilidades de negociação vêm da possibilidade de os interlocutores se conectarem. “Uma forma disso acontecer é se colocar no lugar da outra pessoa, de modo a exercer empatia e buscar formas de lidar com determinadas situações. Tanto o meio acadêmico quanto o profissional exigem flexibilidade e essa adaptação dos jovens”, conclui a professora.