Projeto de conscientização reduz 60% dos casos de bullying em escola

Embaixadores do Bem valoriza a diferença entre os alunos do Colégio Amorim

Colocar-se no lugar do próximo através do diálogo e da valorização das diferenças foi o mote do projeto Embaixadores do Bem, idealizado pelo Colégio Amorim na unidade de Ermelino Matarazzo, São Paulo. Em seu primeiro ano de existência, a atividade, segundo coordenadores, ajudou a diminuir 60% dos casos de bullying dentro da Instituição.

“Pelo fato de trabalharmos com alunos de necessidades especiais em todas as unidades, percebemos certa dificuldade dos demais estudantes em lidar com as diferenças e especificidades – e ainda sempre tinha um ou outro que acabava fazendo brincadeiras com as caraterísticas dos diferentes. Então selecionamos um grupo de professores para criar atividades que estimulassem o exercício da consciência por meio da alteridade. Foram escolhidas 10 atividades para tratar sobre como a fala pode machucar o outro, e também para mostrar na prática qual é a realidade que as pessoas com necessidades especiais enfrentam no dia-a-dia”, conta Gisele Delgado, coordenadora do Ensino Fundamental.

As turmas do segundo ao quinto ano do Ensino Fundamental foram divididas em grupos de 22 alunos e, depois, separados por cores. Assim, todos conseguiram participar das oficinas, entre elas: dança de olhos vendados, valorização dos membros motores, histórias, dramatizações, vídeos, áudios, arte, esportes e brincadeiras cooperativas e adaptadas.Ao final, todos foram para quadra poliesportiva onde participaram de uma palestra sobre o cyberbullying nas redes sociais, e receberam uma fitinha semelhante à do Senhor do Bonfim customizada com o nome do projeto. Assim os alunos saíram estimulados pelo compromisso de serem pessoas mais sensíveis às dificuldades do outro.

“Após os resultados positivos, já foi decidido que o projeto vai acontecer anualmente, sempre na primeira semana de aula. Foi uma atividade muito valiosa pois os estudantes sentiram na pele como é difícil não enxergar ou não mexer uma perna, por exemplo. E o mais importante é que todas as vivências foram baseadas a partir das dificuldades dos nossos alunos especiais. Por outro lado, os alunos especiais participaram, se sentiram valorizados e também entenderam a dificuldade dos alunos com outras deficiências que não as suas”, conclui Gisele.

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