Atividade explicou sobre os interesses no conflito a fim de desmistificar maniqueísmo de heróis e vilões
O Colégio Anglo Mogi Guaçu, no interior de São Paulo, promoveu a atividade “Mesa Redonda” para esclarecer os aspectos histórico-políticos da Síria aos estudantes do Ensino Fundamental. A região é um dos principais pontos de contato entre o oriente e o ocidente além de ser o berço das maiores religiões monoteístas do mundo. Esses fatos geram, há séculos, uma série de interesses pelo território. As forças que lutam pelo controle dessa área são muitas e entender toda a complexidade envolvendo os conflitos entre elas não é tarefa fácil.
Um dos idealizadores do projeto, o professor José Augusto Lara, afirma que a demanda por informações sobre o conflito surgiu da própria turma. “O debate sobre a guerra da Síria tomou uma dimensão muito grande nas redes sociais e os estudantes trouxeram questionamentos dentro de sala de aula. Em conjunto com a professora de português, Iramira Martins, ao invés de darmos a resposta rápida, trabalhamos uma ação para envolvê-los no universo do tema”, conta.
A turma de 36 alunos do nono ano foi dividida em equipes com os temas: Síria, Estados Unidos, Rússia, Estado Islâmico e Bashar al-Assad. Cada grupo pesquisou, durante três meses, os interesses de cada um dos protagonistas. Ao final, eles apresentaram um seminário para toda a comunidade escolar, incluindo estudantes de outras turmas, pais e demais familiares.
As apresentações aconteceram diante de uma banca examinadora formada pela Coordenadora Geral do Colégio, Maria Eliza Gigli, a Orientadora Educacional, Raquel Imaculada Alves e pelos professores Cauê Gigli de Castro e o próprio José Augusto Lara. Após as explicações, os estudantes responderam questões do público. Os alunos ainda desenvolveram os temas associando-os a uma música ou poesia, baseando-se em contextos históricos, culturais e geográficos.
“Foi uma forma de mostrar os vários lados do conflito e quebrar a visão maniqueísta de bem e mal. Se fossem apenas “bem” e “mal” envolvidos, seria fácil resolver qualquer guerra. Eles entenderam porque é tão difícil resolver as questões e entenderam a importância de promover a paz”, completa José Augusto. A atividade valeu um ponto na média das provas de história e português.
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