Projeto permite que alunos exerçam a empatia e ampliem horizontes ao terem contato com uma realidade social diversa
Levar diversão para as crianças de um orfanato e, ao mesmo tempo, proporcionar a conscientização dos alunos e despertar neles o desejo de se engajar em projetos sociais, estimulando valores como empatia, companheirismo, amizade e respeito à diversidade. Esses foram alguns dos objetivos do Projeto Cinema Mágico, realizado pelos estudantes do Ensino Médio do Colégio Sólido, em Montes Claros (MG), parceiro do Sistema Anglo de Ensino. Na manhã do dia 25 de junho, os alunos promoveram uma sessão de cinema na escola para cerca de 50 crianças em situação de vulnerabilidade social, atendidas pelo Lar Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
“Foi uma troca de experiência muito rica, pois as crianças tiveram a oportunidade de vivenciar algo inédito para elas, e os estudantes puderam entrar em contato com uma realidade diferente, proporcionando um aprendizado além dos muros da escola”, diz Juscilene Alves Ferreira, psicóloga educacional do colégio.
Ela explica que projetos como esse acontecem todos os anos e fazem parte da proposta do colégio. A ideia é que os próprios alunos organizem a iniciativa, sob a orientação dela, e se envolvam diretamente. “Eles planejaram o evento durante dois meses. Prepararam as atividades e decoraram um espaço da escola para isso — uma sala de cinema, com direito à pipoca e suco. Também entregaram lembrancinhas para as crianças que eles mesmos produziram, com doces e mensagens que escreveram”.
No dia da sessão de cinema, uma parte dos estudantes foi até o orfanato, que fica próximo à escola, buscar as crianças. Alguns foram fantasiados, e lá realizaram atividades e brincadeiras. Depois, levaram as crianças para o colégio, onde um outro grupo já estava preparado para recebê-los. “O filme escolhido foi a animação Divertidamente, que aborda a questão do equilíbrio emocional, tema cada vez mais presente na sociedade, e nos mostra a importância de controlar nossos sentimentos e emoções de forma que não influenciem nas escolhas e permitam a tomadas de decisões mais coerentes” conta a psicóloga. Após o filme, houve também a apresentação de música e teatro.
Além da manhã de diversão, os alunos doaram alimentos não perecíveis e agasalhos para o orfanato. O projeto ainda envolveu um trabalho escrito sobre essa vivência. Os estudantes pesquisaram sobre a instituição e o tema da vulnerabilidade social e escreveram sobre a execução do projeto e sua importância. “Acreditamos que essa vivência contribui muito para o crescimento dos nossos alunos. Os bons profissionais precisam ser, antes de tudo, bons seres humanos”, afirma Juscilene.