Professor deve ter postura acolhedora, incentivar o protagonismo dos alunos e ensinar os conteúdos de modo instigante e que faça sentido
Para alguns alunos, a matemática é considerada uma das disciplinas mais difíceis da escola. Em algum momento, estudantes do Ensino Fundamental e do Médio começam a perder o interesse pela matéria. “Esses alunos não veem relevância na matemática. Ela precisa fazer sentido para manter os estudantes curiosos e desafiados”, afirma a professora Liliana Busca, assessora do Sistema Anglo.
Segundo ela, essa é uma questão histórica, que está mudando, mas lentamente. “A aula do professor ainda é do jeito que ele aprendeu. Em geral, ele foi ensinado de forma mecanicista, fazendo uma lista de exercícios, o que se torna maçante. Hoje, os as crianças e os adolescentes querem coisas mais ágeis, mais próxima do mundo deles, algo que desperte a curiosidade”.
No Ensino Fundamental I, ao estudar as operações básicas, por exemplo, é comum o professor passar vários exercícios de “arme e efetue”. “Mas, se ele propuser problemas em que o aluno precisa elaborar uma estratégia de pensamento para resolvê-los, isso será muito mais rico”, diz a assessora.
Além do conteúdo, o professor precisa cuidar também dos aspectos procedimentais e atitudinais. Isso significa elaborar uma boa prova, com questões contextualizadas e relacionadas ao cotidiano, por exemplo, e ensinar os alunos como ler um texto para interpretar um problema. Essa forma de ensinar, de acordo com ela, constitui um modelo de aula mais difícil, que vai exigir mais do professor, porém, será muito mais gratificante.
Um dos apoios que os docentes podem ter para conseguir realizar esse trabalho é o próprio material didático. A assessora cita o material do Sistema Anglo como um exemplo. “Ele está sempre em dia com o que se diz sobre educação matemática. E o manual do professor é um verdadeiro curso da disciplina. Se o docente tiver a oportunidade de estudar o manual, estará com um curso na mão”.
Outro auxílio com o qual os professores do Sistema Anglo podem contar, segundo Liliana, é o serviço de assessoria pedagógica. “Trabalhamos com formação de professor pontuando o que é importante em sala de aula, desenvolvendo o protagonismo do aluno e como o professor pode ajudar nisso”.
Liliana destaca, ainda, que tão importante quanto a abordagem dos conteúdos em sala é a postura do professor com os alunos. Ele tem que ser aquela pessoa que acolhe sempre e incentiva. “As crianças e os adolescentes de hoje fazem parte de uma geração que desiste fácil das coisas. E a matemática não é simples e requer esforço. É preciso estudar, dedicar-se, fazer as tarefas. Quando o estudante começa a falhar, ele pode desistir. Se o professor não acolher, corre o risco de nunca mais resgatar esse aluno”.