Cursos livres, especialização ou mestrado, na modalidade presencial ou a distância — docentes têm várias opções para se atualizar e refletir sobre a prática pedagógica
A formação continuada é imprescindível para que os professores possam atualizar sua prática docente, sobretudo num contexto em que os alunos têm acesso a um grande volume de informações e novas situações surgem na sala de aula todos os dias.
“É importante que o professor reveja sua atuação e reflita sobre o que faz, como faz e o quanto está engajando o aluno para desenvolver o processo de ensino e aprendizagem da melhor forma possível”, diz Welington Nunes Souza, assessor pedagógico do Sistema Anglo.
Na hora de optar por uma capacitação — como cursos livres ou uma pós-graduação –, a recomendação é que o professor considere seus objetivos e necessidades, assim como a disponibilidade de tempo e de recursos financeiros.
Souza explica que os cursos livres são formações mais rápidas e sobre determinado ponto específico, ideais para resolver uma questão daquele momento. Como são de curta duração, o investimento financeiro também é menor.
Mas se o objetivo do docente é trocar experiências com seus pares e ter acesso a novos conhecimentos e informações atualizadas sobre o que está sendo debatido nas universidades e colocado em prática nas instituições de ensino, uma especialização (pós-graduação lato sensu) pode ser o melhor caminho. Ela vai exigir maior disponibilidade de tempo e participação nas aulas, mas proporcionar um conhecimento verticalizado sobre determinada temática, como alfabetização ou educação ambiental. Assim, o docente será um especialista naquele assunto.
Já o mestrado (pós-graduação stricto sensu) é indicado para quem quer fazer suas próprias perguntas sobre um determinado tema, intensificar a leitura de obras sobre aquele assunto e ter novos conhecimentos nessa área. “O aluno de mestrado vai formular hipóteses e chegar a conclusões a partir do conhecimento que ele vai construir. Esse tipo de curso exige grande dedicação em termos de tempo para leitura e escrita do trabalho”, conta o assessor.
Em relação à modalidade de ensino — presencial ou a distância — Souza aponta que cada uma tem suas vantagens e desvantagens. Na educação a distância (EAD), é possível seguir o curso do local onde a pessoa estiver e adequar horários. Em geral, o custo é mais baixo, e essa modalidade pode ser ideal para a situação de quarentena. O ensino presencial, por sua vez, possibilita o contato e a troca de experiência que a EAD não permite, mas exige horário e local definidos, além de um investimento maior.
Entre os principais temas que estão sendo discutidos hoje, o assessor cita tecnologias educacionais, metodologias ativas, habilidades socioemocionais, bilinguismo nas escolas, neurociência e aprendizagem, gestão de projetos e gestão de pessoas no ambiente educacional. “São várias as temáticas e opções de cursos. Os professores devem avaliar o melhor caminho de acordo com os seus propósitos e condições”, reforça o assessor.