Segundo autor, escolas e os professores possuem um papel fundamental no enfrentamento do racismo
O Brasil é um país amplamente complexo e, para entendê-lo melhor, é preciso voltar as atenções para a questão racial. “A sociedade ainda reproduz inúmeras contradições, violências e desigualdades decorrentes do nosso passado escravocrata, cujas consequências podem ser facilmente observadas em nosso dia a dia”, explica Rene Araújo, autor do Sistema Anglo.
Nos últimos anos, inúmeras discussões sobre esse assunto tomaram conta do debate público nacional e internacional. Logo, cada vez mais, tais discussões passaram a ser de interesse da comunidade escolar.
E, diante disso, as escolas podem se constituir como espaços centrais para que o debate se amplie, segundo Araújo, possibilitando a construção de novos conhecimentos e a ressignificação de velhas práticas e ideias que contribuem na manutenção do racismo.
“As escolas e os professores possuem um papel fundamental no enfrentamento do racismo e, para isso, parafraseando a grande intelectual Angela Davis, não basta a escola não ser racista, ela precisa ser antirracista”, afirma o autor.
Para que isso ocorra, as instituições de ensino precisam trazer o tema para as salas de aula, tanto para os alunos, quanto para o corpo docente e desenvolvê-lo.
“Enfrentar as estruturas racistas que ainda permanecem na sociedade brasileira é uma tarefa que demanda esforço, engajamento e reflexão crítica individuais e coletivas e a sala de aula é um espaço muito importante para o debate e para a compreensão do tema progredir”, finaliza Araújo.