Inovação e tradição devem se combinar no processo de ensino e aprendizagem

Professor precisa estar preparado para aproveitar o que há de melhor tanto nas ferramentas tecnológicas como no material didático comum

O uso da tecnologia na educação é uma realidade e um processo que não tem volta. As crianças, desde muito cedo, já têm acesso a diferentes recursos, e a escola precisa acompanhar essas transformações para se manter como um ambiente desafiador e motivador para os alunos.

Adequar a utilização da tecnologia ao processo educacional, no entanto, requer alguns cuidados. Segundo Anderson Alberto da Silva, assessor pedagógico do Sistema Anglo, é preciso observar duas premissas: se a escola tem domínio das tecnologias que serão utilizadas; e fazer uma sondagem para saber quais ferramentas são mais apropriadas para cada série, faixa etária, grupo de estudantes e conteúdo a ser abordado. “O professor tem que ter conhecimento e alcançar determinado objetivo com o uso desses recursos. Sempre que a escola pensar em inovação, tem que pensar também em capacitação, pois o professor será o condutor dessa nova tecnologia para os alunos”, diz o assessor.

Silva cita algumas ações do Sistema Anglo nesse sentido. A equipe responsável pela plataforma Plurall dispõe de vários tutoriais direcionados para as escolas, cujos coordenadores devem se apropriar do conteúdo e transmitir aos professores. Também, quando necessário, são realizadas videoconferências para o esclarecimento de dúvidas. “A equipe participa, ainda, de eventos do Sistema Anglo para ter contato com as escolas e oferecer mais um canal de comunicação”, conta. Os resultados, segundo ele, estão sendo muito benéficos, não só para os alunos que já tinham um bom aproveitamento e que estão conseguindo se desenvolver cada vez mais, mas também para os que apresentavam dificuldade ou defasagens, que estão podendo superá-las. “Eles apontam o Plurall — com os exercícios e as videoaulas — como um dos fatores responsáveis por isso. É um plus além da sala de aula e do material”, diz.

De acordo com o assessor, ainda que a tecnologia seja um caminho sem volta, para determinados assuntos e faixas etárias, é importante valorizar o conhecimento sob a perspectiva da tradição. Ele dá como exemplo a área de Geografia, da qual é professor. “No material do Ensino Fundamental I, em vários momentos, os autores têm a preocupação em orientar o professor para que utilize o globo terrestre durante as aulas. Isso é muito importante para o aluno compreender e construir a ideia da esfericidade do planeta Terra, bom como os conceitos que a envolve. Ele precisa visualizar isso de maneira mais concreta”, afirma.

“Devemos ter em mente que a tecnologia é muito importante, mas não é tudo. Outros recursos também são fundamentais para o processo de construção da aprendizagem. É preciso combinar as duas coisas — inovação e tradição — com o que há de melhor em cada uma”, conclui.

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