Projeto do Colégio Recanto Educacional, em Praia Grande (SP), reúne ação social e estudo da temática indígena

Alunos do Infantil I doaram roupas e alimentos e conheceram realidade da aldeia Tekoa Mirim

Apresentar a realidade de uma aldeia indígena brasileira às crianças e, ao mesmo tempo, trabalhar a questão da solidariedade e da empatia por meio de uma campanha de doação de roupas e alimentos. Foi esse o objetivo do projeto que envolveu os alunos da turma do Infantil I do Colégio Recanto Educacional, em Praia Grande, litoral de São Paulo, realizado no primeiro bimestre deste ano.

“Como a escola desenvolve vários projetos sociais, cada classe se focou num grupo, de acordo com o que os professores queriam trabalhar com os alunos. No Infantil I, as crianças estavam aprendendo sobre os índios brasileiros, e resolvemos ajudar a aldeia indígena Tekoa Mirim, aqui da região”, conta Adriana Aurora Pascoal de Almeida, coordenadora pedagógica da Educação Infantil até o sexto ano do colégio.

O trabalho teve início com uma atividade de sensibilização das crianças, em que a professora Carolina Xavier falou sobre como os índios viviam na época do Descobrimento do Brasil e hoje, seus hábitos e cultura. A professora utilizou o personagem Papa Capim, de Maurício de Sousa (Papa Capim), para introduzir o tema aos alunos, mostrando vídeos e gibis. Paralelamente, as crianças também foram às outras classes da escola pedir doações.

Em abril, na semana do Dia do Índio, a turma de 12 alunos do Infantil I visitou a aldeia, que conta com 15 famílias e 14 crianças indígenas. Eles entregaram as roupas e os alimentos arrecadados e foram acompanhados pela professora, coordenadora e diretora, além dos alunos do quarto ano, que também estudam a questão indígena.

“Os índios fizeram apresentações de música e dança, e alguns estavam caracterizados e exibiram as pinturas corporais, explicando o seu significado. Eles também mostraram às crianças os artesanatos feitos com palhas, sementes e penas que comercializam em feiras para ajudar na sua subsistência. Falaram também sobre como vivem hoje em dia, o que plantam e suas casas, que não são mais ocas”, desta a coordenadora. Segundo ela, os alunos ficaram encantados, gostaram muito e querem voltar. No segundo semestre, a ideia é continuar o trabalho e conhecer outra aldeia.

“Um dos aspectos mais importantes que trabalhamos com as crianças dessa faixa etária é a questão da solidariedade e da empatia. Foi muito interessante que puderam participar da arrecadação e desse ato de doar e ajudar o próximo. E, na parte pedagógica, conheceram a realidade atual de uma aldeia que, às vezes, é muito distante do que os livros mostram”, conclui Adriana.

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