Processo de recuperação de alunos deve levar escola a repensar suas práticas

Adequação e diversificação das avaliações e acompanhamento dos estudantes precisam ser objetos de reflexão

Com a aproximação do final do ano, uma preocupação que surge nas escolas é como realizar da melhor forma os processos de recuperação dos alunos que estão com notas baixas. Quando um estudante fica em recuperação, isso significa que ele não atingiu a nota mínima necessária estabelecida pela instituição, o que deve provocar uma reflexão sobre o motivo disso ter acontecido e sobre o próprio processo avaliativo.

Para Thiago Silvestre, assessor pedagógico do Sistema Anglo, é preciso questionar se as avaliações dos alunos estão em sintonia com a proposta pedagógica da escola e se as provas, os trabalhos e as formas de composição das notas estão adequadas e refletem o dia-a-dia da sala de aula. “O processo como um todo precisa estar calibrado considerando que a média estabelecida pela escola deve significar o mínimo necessário para aquela série ou ano em cada componente curricular”, diz.

Nessa situação, um possível caminho seria a escola considerar uma diversificação dos tipos de avaliação. “Um aluno poder manifestar seu conhecimento de diversas maneiras, não necessariamente numa prova escrita, mas em seminários, debates, produções artísticas. Pode-se também pensar na forma e não só no conteúdo, por exemplo, a interação do estudante com o assunto ou tema explorando vídeos, no formato usado por youtubers, que podem se identificar muito com a linguagem dos adolescentes e motivá-los”, sugere Silvestre. “A recuperação pode ser uma oportunidade de olhar para aquele aluno de outra forma”, completa.

Outra medida importante, segundo ele, é a escola refletir sobre o acompanhamento desse aluno — o que deve ser feito ao longo de todo o ano, e não só no último bimestre, e envolver conversas com o estudante e a família. O colégio precisa ter um diagnóstico para poder nortear o processo de recuperação e, a partir das dificuldades identificadas, traçar ações específicas. “O ideal é que consiga avaliar cada aluno e entenda porque ele este está ficando para trás e não alcançando aquele mínimo necessário. ”

De acordo com Silvestre, o Sistema Anglo oferece alguns recursos para ajudar as escolas parceiras nesse diagnóstico. Um deles é o boletim individual que é gerado a partir da realização da prova do Anglo e traz o desempenho do aluno por disciplina e questão. Outro é o acompanhamento das tarefas de casa.

“A estrutura pedagógica do material Anglo permite ao professor do início do Fundamental I utilizar as tarefas como processo de avaliação formativa, desde que o docente tenha esse foco”, afirma. No Fundamental II e Ensino Médio há atividades feitas pelos estudantes por meio da plataforma Plurall, que também geram relatórios para o professor, mostrando o que o aluno mais errou, por exemplo. Pensando no processo de recuperação, o professor pode ainda enviar atividades e conteúdos específicos e dar feedback a esse grupo de alunos pelo Plurall Maestro.

O assessor cita ainda outros dois instrumentos importantes do Anglo que podem auxiliar no processo de recuperação — o plantão de dúvidas do Plurall e o Manual do Professor. “O plantão de dúvidas deve ser evidenciado ao aluno para que ele o explore da forma mais autônoma possível”, diz. Esse recurso permite que o aluno envie uma pergunta ou tire uma foto do trecho da apostila que suscitou a dúvida e receba a resposta específica para a sua questão. “Deve ser um recurso do dia-a-dia do aluno”.

Silvestre também explica que “o Manual do Professor traz informações valiosas ao docente”, pois define, para cada aula, os seus objetivos de aprendizagem. “Às vezes, o professor quer ir além, ampliar o conteúdo e se esquece de olhar para o básico. Assim, os objetivos de aprendizagem podem ajudar coordenadores e professores a terem mais segurança em trabalhar o mínimo essencial para aquele momento também na recuperação”.

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