Vestibular de meio do ano: o que muda na preparação do estudante?

É preciso focar nos conteúdos de maior relevância e fazer um planejamento que considere esse período mais curto de estudos; resolver as provas de anos anteriores é fundamental

Para muitos vestibulandos, os processos seletivos de meio de ano, também chamados de vestibular de inverno, representam uma nova chance de ingressar na tão almejada universidade. “Aguardar um ano inteiro para tentar de novo pode ser bastante frustrante. As provas de inverno são uma maneira de contornar esse tipo de problema e oferecem uma oportunidade para o aluno mostrar seus conhecimentos novamente”, diz Danilo Dacar, assessor pedagógico de pré-vestibular do Sistema Anglo.

Ele também considera que esses vestibulares são uma boa forma de treino. Afinal, quanto mais provas o vestibulando fizer, melhor para sua preparação. “Realizar simulados ou provas anteriores é muito importante, porém, não tem nada melhor do que a própria condição real de prova, para avaliar se a estratégia de estudo está dando certo. Nesse aspecto, isso vale até mesmo para alunos do 3o ano do Ensino Médio.”

Outra vantagem dos vestibulares de inverno, segundo ele, ocorre para quem já ingressou numa universidade, se desinteressou pelo curso e descobriu que não era bem aquilo que queria. Neste caso, o estudante pode tentar tanto a transferência para outra graduação dentro da mesma instituição de ensino como também prestar novas provas sem ter de esperar o ano inteiro.

Embora muitas faculdades disponibilizem os processos seletivos para o segundo semestre, a quantidade de cursos oferecidos geralmente é menor. “Vale a pena fazer uma pesquisa para saber quais instituições vão formar turmas para a graduação que o vestibulando almeja”, sugere o assessor. Ele lembra ainda que outra opção para ingresso no meio do ano é por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), já que o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Ministério da Educação (MEC), também possui inscrições para o segundo semestre.

Como se preparar

Quem resolve encarar os vestibulares de meio de ano deve planejar uma rotina de estudos que seja eficaz em relação ao tempo de preparação, que é reduzido em relação aos processos seletivos de fim de ano.

A dica de Dacar é criar um cronograma, definir quantas horas por dia serão dedicadas aos estudos e distribuir as matérias ao longo do planejamento. “Focar nos conteúdos de maior relevância também é fundamental. Para isso, o Sistema Anglo disponibiliza uma plataforma online denominando Anglo Analisa, em que o aluno pode verificar quais foram os assuntos de maior incidência dos principais vestibulares dos últimos anos”.

O candidato também não deve se esquecer de verificar o formato das provas que são aplicadas na universidade onde ele fará o seu vestibular. “Fazer os exames dos anos anteriores é um ótimo método para se familiarizar com o processo, além de avaliar o tempo gasto para responder às questões”, recomenda.

Dacar conta que os alunos do Anglo têm acesso às provas de vestibulares anteriores por meio da plataforma Plurall, além de todas as resoluções comentadas pelos professores e plantões de dúvidas presenciais e online. Há também o Serviço de Atendimento Psicológico (SAP) para orientar os estudantes na preparação para o vestibular, incluindo a parte emocional e também propondo atividades de orientação profissional.

Sobre o mito de que o vestibular de inverno seria mais fácil devido à menor concorrência, o educador aponta que ele possui o mesmo nível de dificuldade que o vestibular do fim do ano. Segundo ele, os vestibulares de inverno têm as mesmas regras e exigências e costumam ser elaborados pelos mesmos profissionais, abordando o mesmo conteúdo didático que as provas de final de ano de cada instituição.

“Com menos candidatos por vaga é esperado que a conhecida nota de corte caia. Isso não significa que as provas são mais fáceis, apenas aponta que, pela lógica, se menos pessoas prestaram o exame, menor quantidade também são daqueles que atingem notas altas. Automaticamente, a média das avaliações tende a ser mais baixa”, finaliza o assessor.

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