Vestibulando em quarentena: a preparação para os exames deve continuar

Mesmo com a indefinição das datas das provas, como o Enem, candidato deve seguir rotina de estudo, acompanhar programação diária das aulas online e tentar controlar ansiedade

Se o vestibulando já vive, normalmente, sob pressão e insegurança, durante a quarentena, essa situação tende ainda a se agravar. Um dos motivos são as incertezas em relação a datas de exames, como o Enem. Marcado inicialmente para novembro, ele foi adiado em função dos impactos da pandemia do novo coronavírus. As novas datas ainda não foram divulgadas, mas o Ministério da Educação (MEC) já anunciou que ocorrerão de 30 a 60 dias em relação ao que foi previsto nos editais. 

“Uma coisa é fato: vestibulares e Enem vão acontecer. As datas possivelmente vão ser alteradas, mas eles vão ser realizados, seja em dezembro, seja em janeiro. Então, o candidato deve continuar estudando como se não houvesse mudança de data. Isso contribui para ele manter o foco”, diz Daniel Perry, diretor do Anglo Vestibulares.

Ele lembra que, embora USP, Unesp e Unicamp, por exemplo, tenham mantido as datas que já tinham divulgado ou que eram previstas, possivelmente ocorrerão alterações. Isso porque o Enem também é usado como meio de ingresso nessas universidades. “Se ele acontecer muito tardiamente, talvez essas instituições tenham que mudar o calendário também”. 

Para seguir com a preparação e o ritmo de estudo, ele sugere algumas estratégias, como reservar um local tranquilo e silencioso da casa para assistir as aulas virtuais, manter os mesmos horários em que frequentava presencialmente o cursinho ou a escola e seguir a programação diária das aulas. Para quem tem bom aproveitamento de estudo em grupo, pode ser interessante usar plataformas online que possibilitam reunião remota, como Hangout, Whereby e Zoom. 

Se o cursinho ou escola disponibilizarem aulas gravadas, como é o caso do Curso Anglo e do Sistema Anglo, o estudante pode se beneficiar da possibilidade de pausar o conteúdo e ver a explicação novamente ou acelerar, se for um assunto que ele já domina. “Esse recurso só existe no ambiente digital e, se for bem usado, pode impactar positivamente o aprendizado do aluno”, observa Perry. Outro ponto positivo do estudo remoto, segundo ele, é o tempo ganho por não precisar se deslocar. A dica é aproveitar essa hora extra (ou horas extras) para fazer mais exercícios de matérias específicas ou daquelas que o aluno tem mais dificuldade. 

Além do estudo em si, outros aspectos da rotina também podem ajudar na preparação do vestibulando. Evitar o uso excessivo das redes sociais e se preservar um pouco do fluxo intenso de notícias e informações auxiliam na diminuição da ansiedade e na manutenção da saúde mental. E, para tentar relaxar e se sentir mais disposto, a prática de exercícios físicos em casa, como alongamento e yoga, pode ser uma boa alternativa. Também é importante entrar no “modo vestibulando” — acordar, tirar o pijama, trocar de roupa e se preparar para assistir às aulas. “Enfim, a orientação é continuar focado nos estudos e tentar não se preocupar com aquilo que foge do nosso controle”, resume o diretor.

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