Alunos e professores fizeram faixas e adaptaram as aulas para ajudar colega com câncer
O Colégio Saber de Sertãozinho (SP) foi pego de surpresa ao descobrir o caso do estudante Pedro Batista. O aluno do sétimo ano do Ensino Fundamental foi diagnosticado com leucemia, fato que fez a escola passar por uma reestruturação e ao mesmo dar uma aula de empatia.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são reportados 257 mil casos de leucemia por ano, no mundo. A doença dos glóbulos brancos que atinge a medula óssea tem mais de 50% de mortalidade.
A fim de contornar a gravidade destes dados, a escola organizou uma campanha de doação de medula óssea. “Nós buscamos sair da escola com essa campanha, atingir a cidade toda e mais. Aqueles que tivessem interesse em doar deveriam ir até o hemocentro de Ribeirão Preto aonde seria testada a compatibilidade” fala Denise Cabral, diretora do colégio.
Cabral também conta que a participação dos pais e alunos foi de extrema importância para a disseminação da mensagem. “A mobilização foi tremenda, os alunos perceberam o risco que Pedro estava correndo e fizeram cartazes, faixas, tudo para que a cidade soubesse”.
A campanha foi grande, mas o caso de Pedro era grave. Ele teve de ser operado rapidamente com a doação de medula recebida do próprio pai, que possuía apenas 50% de chance de compatibilidade com o menino. Com ajuda de medicamentos a medula tornou-se compatível, porém o estudante ainda precisava de acompanhamento médico.
Enquanto Pedro estava no hospital, a escola foi reestruturada para que pudesse auxiliar o aluno a manter as atividades escolares em dia. “Durante a internação, nós apenas levávamos papéis impressos com atividades, pois a medicação o impedia de realizar atividades mais pesadas. Quando ele voltou para casa, nós abordamos uma estratégia diferente: um aluno ficava responsável por ligar um computador na sala de aula e transmitir em vídeo ao Pedro, assim ele poderia assistir as aulas enquanto se recuperava” explica a diretora.
As duas ações se mostraram muito efetivas. A escola se adaptou para inserir o aluno nas aulas, mesmo longe da escola, contando com o auxílio dos outros estudantes, que demonstraram uma grande empatia. “Atualmente, Pedro ainda está se recuperando, mas já está muito melhor. Em breve esperamos ele de volta à escola”, finaliza Cabral.
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