Veículo: Porvir
Data: 24/04/2019
Uma mulher de 75 anos de idade chega ao hospital queixando-se de dor. A equipe médica inicia o atendimento. Este foi o cenário que propus na última aula extracurricular do Colégio Anglo São Paulo. Eu baseio o meu curso em casos clínicos hipotéticos que ajudam a ilustrar na prática os conteúdos ministrados no ensino médio. A disciplina é baseada em séries de televisão investigativas a fim de incentivar a participação e aguçar a curiosidade dos estudantes.
A dinâmica é diferente das aulas tradicionais; já que os alunos interpretam o papel dos médicos e eu do paciente. Ou seja, a aula é conduzida pelos estudantes, por meio de suas indagações a respeito do caso: Onde dói? Que tipo de dor? Qual é o histórico da paciente? Os estudantes têm total liberdade para expor suas visões e, no desenrolar de suas perguntas, descobrem juntos o diagnóstico e o tratamento da doença. Esse processo é importante porque eles vão construindo o conhecimento de forma ativa.
No caso trabalhado, a paciente era diabética e possuía pressão alta, além de um histórico familiar de morte por AVC (acidente vascular cerebral, popularmente conhecido como derrame). A dor no peito da idosa foi diagnosticada como angina decorrente de arterosclerose, doença vascular em que a passagem de sangue é comprometida pelo acúmulo de gordura nas artérias.